Nápoles – Itália (Quarta-feira, 21/09/2016, Gaudium Press) – Na segunda-feira, 19/09, a multidão que, desde a madrugada, aglomerava-se diante da Catedral de Nápoles, recebeu o anúncio esperado e muito pedido em orações: o sangue de São Genaro havia liquefeito!
Um grande aplauso ecoou prolongadamente pela praça.
O sangue do Bispo e santo padroeiro de Nápoles, que um dia foi recolhido e está posto em uma ampola em um relicário, mais uma vez voltou a liquefazer-se no dia em que foi o santo foi martirizado. Eram 10:38 horas na manhã desta segunda-feira.
O Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, apresentou à multidão o relicário que guarda a preciosa relíquia do santo morto no século III.
Esta também foi a hora de os napolitanos, como fazem costumeiramente, depois que certificam-se de que o sangue liquefez-se: eles fazem esvoaçar seus tradicionais lenços brancos por um longo tempo.
As relíquias poderão ser vistas por vários dias, antes de serem devolvidas para a capela do tesouro da catedral, novamente “petrificado”.
Milagre que se repete a séculos
O sangue seco de São Januário é conservado em duas ampolas de vidro e tradicionalmente a liquefação do sangue acontece três vezes a cada ano:
no primeiro domingo de maio, no dia 19 de setembro, data do martírio e festa do Santo e em 16 de dezembro.
O milagre acontece com os fiéis pedindo com insistência e fé para que a liquefação se faça na mesma forma como há séculos vem acontecendo.
O fenômeno consiste em que o sangue já solidificado e que se encontra aderido a um lado da ampola, depois de algum tempo, se converte em sangue inteiramente líquido chegando a cobrir todo o recipiente em que se encontra.
Por vezes, o fenômeno da liquefação dura algumas horas e até dias. Às vezes, também, o sangue não se liquefaz.
Quando o sangue não se liquefaz, os fiéis locais interpretam como um aviso de que pode acontecer algum desastre, uma desgraça qualquer.
Neste ano, o milagre aconteceu. (JSG)