Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 17-11-2016, Gaudium Press) Cristoph Graf, Comandante da Guarda Suíça Pontifícia, disse a jornalistas: “O perigo potencial mudou”.

O Comandante Graf estava na Suíça quando falou com a imprensa e, muito provavelmente, tenha dito estas palavras para justificar sua presença e a de um contingente da Guarda Suíça fora do Vaticano. 

De fato, o que está acontecendo é que, com a ameaça de ataques terroristas, a Guarda Pontifícia enviou alguns de seus recrutas ao Cantão Suíço de Tessin, para executar treinamentos militares afim de aprimorar sua formação.

A diminuta dimensão dos Estados Pontifícios não permite um treinamento militar mais efetivo e eficiente.

Não há no Vaticano um local para treinamentos que exigem grandes espaços ou que podem causar danos a terceiros. Há exercícios de adestramentos cuja prática é impossível de ser realizada em território tão exíguo, por exemplo, a prática de tiro.

É por isso mesmo que os Guardas do Papa se viram obrigados a fazer seus treinamentos em instalações militares italianos.

Mas, como disse o Comandante da Guarda Suíça Pontifícia, “O perigo potencial mudou”…

Na verdade, com os atentados de Bruxelas e Paris ocorridos em um passado recente, as instalações militares italianas que, até agora podiam ser utilizadas também pela Guarda Suíça, estão sendo usadas, prioritariamente, pelas próprias forças de segurança da Itália que também necessitam de treinos.

Acordo com o Cantão de Tessin

Dentro deste contexto atual, foi assinado no último mês de setembro um Acordo entre a Santa Sé e o Cantão de Tessin que permite ao Vaticano o uso do território suíço para o aperfeiçoamento das forças de segurança doo Papa.

Os membros da Guarda Suíça passam a receber formação militar em Isone e, além disso contam ainda com o apoio logístico do Departamento Federal da Defesa suíço.

“Fomos recebidos de braços abertos”, revela o Comandante Graf.

Deste primeiro grupo, são quinze os Guardas Suíços que participam dos exercícios.

Os treinamentos e sua duração

A programação é densa. Ela engloba exercícios de tiro, defesa pessoal, primeiros socorros e combate a incêndios.
Os Guardas têm seu Capelão Militar e além dos exercícios militares propriamente ditos, fazem um curso com noções de direito e têm aulas de italiano.

A formação do contingente que se encontra na Suíça irá até o dia 27 de novembro.

A cada ano serão formados 30 Guardas Suíços.

Os próximos cursos estão previstos para outubro e novembro de 2017.

Um soldado da Guarda Suíça presta serviço no Vaticano por 26 meses. Mas a história da corporação já é secular:
Os Guardas Suíços passaram a ser responsáveis pela segurança do Pontífice desde 22 de janeiro de 1506. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Tribune de Geneve)