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Arautos


Arautos no Mundo


“Pelos seus frutos os conhecereis”
 
AUTOR: IR. SEBASTIÁN CORREA VELÁSQUEZ, EP
 
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Cônscios de serem representantes de Cristo, os sacerdotes não podem medir esforços na dedicação ao seu ministério, apoiados na assistência do Espírito Santo. D’Ele é que vêm os frutos de seu trabalho pastoral.

   O Espírito Santo, ensina o Beato Columba Marmion, é “a alma da Igreja, o princípio vital que anima a sociedade sobrenatural, que a rege, une entre si seus diversos membros e lhes comunica espiritual vigor e beleza”.1 De sua ação vivificadora nascem obras “divinizadas”, pois por mais fracos ou falhos que possam ser os homens dos quais Se serve como instrumento, eles produzem, sob o impulso da graça, frutos de excelente virtude.

   Assim, para saber se a suave brisa do Paráclito sopra sobre uma instituição da Igreja, basta analisar se o comportamento de seus membros está marcado por seus inefáveis dons. Neste caso, o relacionamento com eles comunicará caridade, alegria e paz; superando as disposições naturais, mostrarão paciência e longanimidade; a modéstia, continência e castidade brilharão em sua conduta; o trato se distinguirá pela bondade, mansidão e fidelidade.

Os sacerdotes arautos colaboram no labor
pastoral das dioceses em que moram
Distribuindo a Comunhão na
Catedral da Sé, São Paulo, em 1o/9/2017

   Este princípio se aplica muito especialmente aos clérigos, sobretudo aos sacerdotes, cuja função “é ser mediador entre Deus e o povo”.2 A ação pastoral do ministro ordenado deve estar sempre animada pelo zelo e disponibilidade na administração dos Sacramentos e pelo desejo de em tudo se comportar como veículo da graça para os outros. E, por um dos mistérios de reversibilidade tão frequentes na Igreja, os sacerdotes e diáconos receberão tanto mais benefícios espirituais quanto mais se esvaziarem de si e procurarem se dedicar aos outros.

Os Arautos do Evangelho nasceram como uma associação privada de leigos, mas seu crescimento em número de membros e a intensificação de sua ação pastoral em dezenas de países logo tornaram necessária a constituição de um ramo sacerdotal. Surgido em junho de 2005, uma de suas primeiras missões foi a de administrar os Sacramentos aos membros da associação e aos que, sem pertencer a ela, são beneficiados por seu trabalho missionário.

Como desdobramento natural desse apostolado, os sacerdotes da instituição passaram a colaborar no labor pastoral das dioceses nas quais os Arautos estão instalados. Na de Bragança Paulista, essa colaboração levou a assumir a responsabilidade de uma paróquia na região da Serra da Cantareira, em São Paulo, numa extensa área territorial que abrange várias capelas.

   As inúmeras cartas de agradecimento e testemunhos que os sacerdotes arautos recebem de todos os rincões onde desenvolvem sua ação evangelizadora revelam que o Espírito Santo age com força no interior da associação.

   Seguem alguns desses eloquentes depoimentos.

Humildade e dedicação em fazer o bem

   Glória do Prado Moreno Cunha, de Mairiporã (SP), conta sua experiência de convívio com os Arautos, desde os primórdios da existência da mencionada Paróquia Nossa Senhora das Graças: “Conheci os Arautos do Evangelho na Capela Santa Inês, no ano de 2008, a qual eu já frequentava, mas que era aberta apenas uma vez ao mês para a Santa Missa. Quando eles chegaram, todos os fiéis ficaram muito entusiasmados, pois eles trouxeram, juntamente com a catequese para as crianças e adultos, os Sacramentos e a Missa semanal.

   “Os padres arautos são muito dedicados e prontos a nos ajudar. Quando perdi meu esposo, era um padre arauto que estava ao meu lado, pronto para dar a Unção dos Enfermos a ele no hospital e me auxiliar naquele momento difícil. Após tudo isso, passei a me sentir muito mal, me sentia fraca espiritualmente e não rezava muito, e com isso o demônio começou a me atormentar. E foi por meio de uma bênção recebida de um padre arauto que voltei ao estado de graça.

   “Eles trouxeram também os outros Sacramentos para a comunidade em que habito e, assim, diversas pessoas receberam a Primeira Eucaristia, a Crisma, o Matrimônio, os enfermos, a Extrema-Unção, bem como os idosos que não conseguem ir à igreja recebem a Comunhão em suas próprias casas, todas as semanas. Sou muito grata aos Arautos do Evangelho e fico admirada pelas coisas que eles fazem, pela sua humildade e dedicação em fazer sempre o bem e levar a sério a doutrina católica, além de seguir os pedidos de Nossa Senhora, conduzindo os fiéis a seguirem os seus ensinamentos e crescerem na vida espiritual”.

“Os padres arautos nortearam minha vida”

  Regina Maria Pereira dos Santos, de Mairiporã (SP), também dá seu testemunho da atuação dos sacerdotes arautos na mesma Paróquia Nossa Senhora das Graças: “Já faz oito anos que tive os primeiros contatos com os Arautos do Evangelho e, de lá para cá, são inúmeras as graças recebidas. Desde que os Arautos vieram para a capela do meu bairro, frequento as Missas todos os domingos, temos atendimento de Confissões e vários outros benefícios que trouxeram a mim e a todos aqueles que a eles abriram as portas.

   “A partir daí as mudanças em minha vida começaram a frutificar. Os Arautos sempre estiveram prontos a ajudar, especialmente quando perdi meu pai, pois tive que dar apoio à minha mãe e irmãos. E manter a força e a fé nesta situação foi graças aos conselhos de um padre arauto, que também nos deu apoio no hospital e depois do falecimento.

   “Os padres arautos nortearam minha vida através de tudo o que pregam, que é realmente o que nos ensina a Igreja Católica. Agradeço muito a Deus e a Nossa Senhora por haver encontrado pessoas assim, que só querem fazer o bem, em quem deposito minha inteira confiança”.

Celebrações belíssimas, repletas de ensinamentos

   O carisma dos Arautos do Evangelho de buscar a pulcritude e a perfeição em todos os seus atos, como o “Pai Ce- leste é perfeito” (Mt 5, 48), se manifesta de maneira muito especial nas cerimônias e celebrações litúrgicas, as quais são excelentes ocasiões para a evangelização e o anúncio da Boa-nova.

“Eles trouxeram também os outros Sacramentos
para a comunidade em que habito”

Missa dominical celebrada no dia 7/5/2017
numa das capelas da Paróquia
Nossa Senhora das Graças

   É o que testemunha Denilson Glauco, de Montes Claros (MG): “Venho por meio desta expressar todo o meu agradecimento pela condução de uma maravilhosa obra de apostolado, a qual não tenho dúvidas ser uma das muitas sustentadas pelo próprio Deus que, pelo sopro do Espírito Santo, move as almas a buscar a verdadeira Religião ensinada pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

   “Não temos como resistir ao chamado de Deus; penso que é o que foi sucedido aos Apóstolos, que abandonaram seus afazeres, pois tendo conhecido Nosso Senhor Jesus Cristo e seus ensinamentos, ainda que partilhados por três breves anos, foram inundados de intenso, amoroso, terno e efusivo convívio pleno de graças. É o que sentimos nas belíssimas celebrações dos Arautos, repletas de ensinamentos, em que so- mos convidados a resistir às ofertas do mundo”.

Importante ação missionária da “Cavalaria de Maria”

   Tendo recebido do Santo Padre João Paulo II o mandato de serem “mensageiros do Evangelho por intercessão do Imaculado Coração de Maria”,3 quando foram por ele elevados a associação de direito pontifício, os Arautos do Evangelho também se dedicam a Missões Marianas itinerantes – a Cavalaria de Maria -, encabeçadas sempre por dois ou mais sacerdotes.

   Têm elas o objetivo de despertar nos fiéis o gosto pela frequência aos Sacramentos, os quais são largamente administrados por eles durante a missão. É ao que se refere Leonira Maria Liebl, de São Ben- to do Sul (SC): “Gostaria de falar um pouco dos Arautos do Evangelho, dos benefícios que tive e as graças que já recebi, desde que os conheci e pedi que nos orientassem no que fazer para melhorar a participação nos atos religiosos, celebrações, Missas, etc. E eles nos aconselharam a fazermos a consagração a Nossa Senhora, conforme o método de São Luís de Montfort. Depois participamos por duas vezes da Tarde com Maria com eles, além de muitas outras atividades religiosas, para o bem de todos.

   “Quantas e quantas graças já foram alcançadas individualmente, e mesmo coletivamente, por muitas comunidades locais, devido à dedicação total e completa, gratuitamente, desses valentes, corajosos e fervorosos apóstolos da Igreja Católica Apostólica Romana. E ainda acrescento a importante ação missionária de sacerdotes e leigos da Cavalaria de Maria, pertencente aos mesmos Arautos do Evangelho, que tão importante trabalho de evangelização realizam. Por meio dela, hoje são inúmeras as pessoas que estão frequentando a Igreja e recebendo as graças do Sacramento da Confissão”.

Interesse e preocupação por seus fiéis

   Quantas vezes, como bom pastor, é preciso passar por cima das próprias comodidades e vida pessoal para cuidar das ovelhas que a Providência colocou no rebanho de cada sacerdote. Sandra Escobar, de Katy, no Estado norte-americano do Texas, agradece o interesse e a preocupação de que foi objeto: “Tanto a meu esposo quanto a mim, nos faltam palavras para exprimir o infinito agradecimento e respeito que sentimos pelo padre arauto que nos ajudou, bem como por sua comunidade.

   “Para mim ele foi a voz de Jesus na terra, e um verdadeiro modelo de qualidades sacerdotais. Em minha vida conheci muitos sacerdotes bons, mas, de meu humilde ponto de vista, esse padre arauto foi o melhor entre eles. Verdadeiramente creio que se todos os sacerdotes imitassem seu interesse e preocupação por seus fiéis, nós, católicos, necessitaríamos de um planeta muito maior”

Palavras de conforto, consolo e orações

“A messe é grande, mas o operários são poucos” (Mt 9,37), lamentou o Divino Salvador. Com isso, tantas vezes um sacerdote sozinho não consegue atender a todas as necessidades de sua paróquia. Os padres arautos estão sempre prontos para, na medida de suas possibilidades, suprir esta carência, auxiliando os párocos em suas emergências.

   Não é outro o testemunho de Shirlei Aparecida Voltolini Mot- ta, de Joinville (SC): “Conhecemos os Arautos do Evangelho no ano de 2009, em nossa Paróquia Imaculada Conceição, onde foram realizadas as Missões Marianas. Lembro-me de que, no final das missões, meu filho mais velho, que era coroinha na paróquia, foi convidado por um arauto para conhecer e participar das atividades no final de semana, na casa dos Arautos do Evangelho em nossa cidade. Ele foi e gostou muito. A partir daí houve muitas mudanças na vida dele e na nossa também. Participávamos todos os fins de semana da Santa Missa e nas comemorações dos Arautos.

“Minha gratidão a Mons. João, pai espiritual
e Fundador desta obra santa”

Mons. João impõe as mãos em um dos
sacerdotes arautos ordenados no dia 22/2/2016

   “Até que nos aconteceu uma fatalidade: meu marido levou um tiro num assalto e uma panificadora a que havia ido e, para nossa tristeza, os socorristas chegaram e tentaram reanimá-lo, levando-o para o hospital, mas não tinham mais o que fazer. Meu marido há muitos anos era ministro da Eucaristia na paróquia de nosso bairro, e meus dois filhos, coroinhas, no entanto não foi possível receber assistência espiritual do pároco, mesmo morando ele próximo à nossa casa.

   “Foi um padre dos Arautos do Evangelho, a quem sou muito agradecida e jamais esquecerei, que deu os Sacramentos para o meu marido, no hospital. Depois vieram nos visitar, trazendo suas palavras de conforto, consolo e orações, para mim e meus filhos. E como fiquei muito abalada com a perda, deixei até minhas orações diárias. Foi numa das visitas que recebi um terço das mãos de um arauto e voltei a rezar, como se fosse um recado de Nossa Senhora de Fátima me reanimando.

   “Assim, retomei minha vida, minha fé e meu ânimo para continuar a criar meus filhos. Agradeço também a Nossa Senhora pelos Arautos do Evangelho existirem e por tê-los colocado em nossa vida, em nosso caminho, pois se não fosse por eles, não sei o que seria de nós”.

Libertação, Sacramentos e Rosário

   Já advertia São Pedro: “O demônio anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (I Pd 5, 8). Em nossos dias, quanto mais as pessoas querem se esquecer da existência do maligno, mais ele fica com liberdade de agir, provocando distúrbios, desavenças e dificuldades em todos os campos.

Ramiro A. Borja Dousdebes, de Guayaquil, no Equador, conta como se sentiu libertado desta ação maléfica: “Desde que um padre arauto realizou a oração de libertação tenho seguido seus conselhos, frequentado os Sacramentos e, sobretudo, rezado o Rosário. Só me resta agradecer por ter-me atendido e ajudado. Desde dezembro até o presente meus problemas familiares se solucionaram de uma forma incrível, minha esposa e filhos estão muito contentes e agradecidos, estou muito melhor de saúde e em matéria de trabalho é realmente visível a mudança. Sinto, efetivamente, que depois da oração de libertação o mal que me atormentava se afastou de mim e de minha família. O motivo destas linhas é para agradecer-lhe, padre, e aos Arautos do Evangelho por haver-me ajudado e pelo grande labor que realizam por toda a comunidade católica”.

Comovida gratidão ao “pai espiritual”

   Não faltam, por fim, inúmeros testemunhos daqueles que discernem na pessoa do Fundador a fonte espiritual na qual se abeberam todos os sacerdotes arautos e lhe dedicam sua sincera gratidão. À guisa de exemplo, registramos dois depoimentos recebidos da cidade de Montes Claros (MG).

   Letícia Maria Ponciano Lopes escreve: “Desejo expressar aqui toda a minha gratidão ao senhor, Mons. João, pai espiritual e Fundador desta obra santa que conheci em novembro de 2015 e da qual faço parte como terciária há oito meses. Minhas vida mudou depois que conheci os Arautos. Hoje, eu e minha família rezamos o Rosário diariamente e somos consagrados a Nossa Senhora.

   Testemunhamos o poder de Maria Santíssima e o ódio do demônio por Ela e pela arma poderosa que temos, o Santo Rosário. Tenho consciência de que foi Nossa Senhora quem me levou até os Arautos. O senhor e um de seus filhos sacerdotes foram os instrumentos escolhidos por Ela para libertar a mim e minha família”.

   E Luciana Xavier Brant Wanderley acrescenta: “Agradeço mais uma vez ao senhor, Mons. João, pelos seus filhos e filhas espirituais, especialmente por seus filhos sacerdotes que nos ensinam a burcar a prática das virtudes, não somente por meio dos sermões ou no confessionário, mas pelo exemplo! Nosso muito obrigado! Despeço-me pedindo a sua bênção sacerdotal e de pai espiritual”.

   Ensina o Divino Mestre, no Evangelho, que “toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos” (Mt 7, 17-18).

   Tendo lido e apreciado os testemunhos aqui oferecidos, cremos que o leitor terá condições de julgar até que ponto a divina seiva do Espírito Santo circula no seio deste movimento, pois, continua Nosso Senhor, “pelos seus frutos os conhece- reis” (Mt 7, 20)…
(Revista Arautos do Evangelho, Novembro/2017, n. 191, pp. 36 a 39)

1 BEATO COLUMBA MARMION. Jesu- cristo, vida del alma. Pamplona: Fundación Gratis Date, 1993, p.95.

2 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teo- lógica. III, q.22, a.1.

3 SÃO JOÃO PAULO II. Audiência geral, 28/1/2001.

 
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