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Espiritualidade


Silêncio: somente para os religiosos?
 
AUTOR: IR. DENISE MARIA PASCHOAL ROCHA
 
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Em determinado mosteiro, duas freiras eram muito amigas uma da outra, mas… não eram muito amigas da perfeição: sempre quebravam o silêncio durante o Oficio. Seguindo o costume do convento, cada irmã possuía um lugar fixo nas estalas do coro. AsArautos em oração diante de uma imagem da Virgem.jpg duas religiosas sentavam-se próximas uma da outra e, pelo menor pretexto, começavam a falar…

Certo dia, uma delas morreu. Quando foram cantar o Ofício na manhã seguinte, depois do enterro, qual não foi a surpresa da amiga ao ver que o lugar da falecida não estava vazio, mas ocupado pela própria defunta! Assustada, foi contar à Madre. Esta lhe ordenou que, se visse a tal irmã outra vez, lhe perguntasse se estava precisando de orações ou de alguma outra coisa.

No dia seguinte, a alma da irmã falecida novamente apareceu na hora do Oficio, e a amiga lhe perguntou o que fazia ali. Ela lhe respondeu: “Estou aqui para purgar os meus pecados. Nós conversávamos durante o Oficio, quebrando o silêncio e perturbando o cerimonial. Eu deveria ter empregado esse tempo para conversar com Nossa Senhora!”

E nós, quantas e quantas vezes não conservamos um recolhido silêncio nas igrejas e capelas? Lembremo-nos: cumprir os momentos de silêncio é uma forma de educar a alma, além de nos abrir o coração para as grandes conversas com Deus.

Como nos ensinou Plinio Corrêa de Oliveira: “O silêncio é uma espécie de câmara obscura, na qual se vai procurar as joias daquilo que se pensou, daquilo que se sentiu, para depois dizer a palavra acertada, a palavra que tem carga, que tem amor, tem afeto e entusiasmo”.

 
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