Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Artigos


Espiritualidade


Um cego que via…
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 23/08/2017
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
11
0
 
A visão da alma, pode contemplar cenas muito mais lindas e detalhadas do que os olhos do corpo ...

Dois homens, ambos gravemente doentes, ocupavam o mesmo quarto de um hospital. A cama de um deles ficava junto à janela. Embora acamado, podia sentar-se durante uma hora todas as tardes. O outro senhor tinha de ficar sempre deitado de costas.

Jesus cura um cego de nascença

Eles conversavam horas a fio. Falavam de suas famílias, de suas casas, de seus antigos empregos, onde tinham passado as férias… Quando se sentava, o enfermo ficava descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que conseguia ver através da janela. Este começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que seu mundo se alargava e se animava, contagiado pela atividade e pelo colorido exterior.

Segundo a descrição, a janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto crianças brincavam com seus barquinhos. Pessoas caminhavam por entre flores de todas as cores do arco-íris. Árvores antigas e enormes acariciavam a paisagem, e uma tênue silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem descrevia tudo isso de modo extraordinário, acentuando os pormenores, o colega do outro lado do quarto fechava os olhos e imaginava as pitorescas cenas.

Um dia o homem descreveu detalhadamente um desfile. Embora o outro não conseguisse ouvir a banda, ele via e escutava mentalmente. Passaram-se dias e semanas. Uma manhã, ao chegar ao quarto trazendo água para o banho dos dois homens, o enfermeiro encontrou sem vida o corpo do que ficava perto da janela. Havia falecido calmamente enquanto dormia. Muito triste, ele chamou outros funcionários para que levassem o corpo do falecido.

Quando lhe pareceu apropriado, o outro enfermo pediu para ocupar a cama próxima da janela. Seu pedido foi atendido e feita a troca. Depois de se certificar de que ele estava bem instalado, o enfermeiro deixou o quarto.

Lentamente e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado nos cotovelos, para contemplar o mundo lá fora. Com grande esforço olhou pela janela… Grande foi sua surpresa ao verificar que ela dava para uma parede de tijolos!

Conversando com a enfermeira, perguntou o que teria levado seu companheiro de quarto a lhe descrever coisas tão maravilhosas, como se as estivesse vendo. A enfermeira revelou, então, que aquele homem era cego; nem sequer a parede ele conseguia ver. E concluiu: “Talvez ele quisesse transmitir coragem a você!”

 
Comentários