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Arautos


Rosário


Excelência do Rosário nas preces que o compõem
 
AUTOR: SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT
 
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A prática do Santo Rosário foi o Céu que no-la deu, para converter os mais empedernidos pecadores e os mais obstinados hereges. Deus ligou a ela a graça nesta vida e a glória na outra.
Anunciação do Anjo e Encarnação do
Verbo – Catedral de Notre-Dame, Paris

Ministros do Altíssimo, pregadores da verdade, trombetas do Evangelho, permiti-me apresentar- vos a rosa branca deste livrinho para colocar em vosso coração e em vossos lábios as verdades que nele exponho com singeleza, sem mesuras. Em vosso coração, para incitar-vos a empreender a santa prática do Rosário e degustar os seus frutos. Em vossos lábios, para pregardes aos outros sobre a excelência desta prática de modo a convertê-los.

Divino compêndio da vida de Jesus e de Maria

   Acautelai-vos de, a exemplo dos homens vulgares e dos sábios orgulhosos, considerar esta prática como insignificante e de poucas consequências. Ela é verdadeiramente grande, sublime e divina. Foi o Céu que no-la deu, e a deu para converter os mais empedernidos pecadores e os mais obstinados hereges. À prática do Santo Rosário Deus ligou a graça nesta vida e a glória na outra. Os Santos a adotaram e os Soberanos Pontífices a autorizaram.

Visitação de Nossa Senhora a
Santa Isabel – Catedral de
Notre-Dame, Paris

   Oh! Como é feliz o sacerdote ou o diretor de almas a quem o Espírito Santo revelou este segredo desconhecido da maior parte dos homens, ou conhecido apenas superficialmente! Quem dele receber o conhecimento prático, não só o rezará todos os dias, mas levará outros a rezá-lo também. Deus e sua Santa Mãe verterão graças abundantes em sua alma, para ele ser um instrumento de sua glória; e num mês ele produzirá mais frutos por sua palavra, embora singela, do que outros pregadores em vários anos.

   Não nos contentemos, pois, caros sacerdotes, de aconselhar aos outros a devoção do Rosário: pratiquemo-la nós também. Se estivermos convencidos da excelência dessa devoção, mas não a praticarmos, nossa pregação será ineficaz, porque ninguém transmite o que não tem. “Coepit Iesus facere et docere – Começou Jesus a fazer e a ensinar” (cf. At 1, 1). Imitemos Jesus Cristo, o qual começou por fazer o que ensinou. Imitemos o Apóstolo, que não conhecia nem pregava a não ser Jesus crucificado.

   É o que faremos nós, pregando o Santo Rosário que, como adiante vereis, não é uma mera sequência de Pai-Nossos e Ave-Marias, mas sim um divino compêndio da vida, da Paixão, da Morte e da glória de Jesus e Maria. […]

Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo
em Belém – Catedral de La Mans (França)

Quem de Deus se aproxima, precisa começar por crer

   O Credo ou Símbolo dos Apóstolos, que recitamos no início do Terço ou do Rosário, é uma condensação das verdades cristãs. Como tal, é uma oração de grande valor, pelo fato de a fé ser a base, o fundamento e o princípio de todas as virtudes cristãs, de todas as virtudes eternas e de todas as preces agradáveis a Deus. Quem d’Ele se aproxima pela oração, precisa começar por crer; e quanto maior for sua fé, mais sua oração terá força e mérito, e mais glória dará a Deus.

   Como a fé é a única chave que nos faz entrar nos mistérios de Jesus e de Maria, encerrados no Santo Rosário, devemos iniciá-lo recitando com grande atenção e devoção o Credo; e tanto mais meritório será nosso Rosário quanto mais viva e forte for nossa fé.

   É necessário que essa fé seja viva e animada pela caridade, quer dizer, para bem recitar o Rosário, precisa a alma estar em estado de graça ou procurando recuperá-lo.

   A fé deve ser forte e constante, ou seja, não se pode procurar na recitação do Santo Rosário somente a alegria sensível ou a consolação espiritual. Em outros termos, não podemos desistir de rezá-lo por termos no espírito uma multidão de distrações involuntárias, por sentirmos na alma um estranho desgosto, um tédio opressivo e um torpor quase incessante no corpo. Para bem recitar o Rosário, não há necessidade de gosto nem de consolação, nem de suspiros, nem de arroubos, nem de contínua aplicação da imaginação. Basta ter fé pura e boa intenção. […]

Apresentação do Menino Jesus
no Templo – Catedral de
Notre-Dame, Paris

Não é discípulo de Jesus quem não reza como Ele ensinou

   A principal excelência do Pai- -Nosso, ou Oração Dominical, decorre do seu Autor, o qual não é um homem nem um Anjo, mas o Rei dos Anjos e dos homens, Jesus Cristo. “Era necessário que Aquele que vinha, como Salvador, dar-nos a vida da graça, nos ensinasse, como Mestre, a maneira de rezar”, diz São Cipriano. A sabedoria do Mestre celestial revela-se bem na ordem, na doçura, na força e na luminosidade dessa divina prece. Ela é curta, mas rica em instrução, fácil de entender para os simples e cheia de mistérios para os sábios.

   O Pai-Nosso engloba todos os nossos deveres para com Deus, os atos de todas as virtudes e os pedidos de todas as nossas necessidades espirituais e corporais. Segundo Tertuliano, ele contém o resumo do Evangelho. De acordo com Tomás de Kempis, ele supera todos os desejos dos Santos, sintetiza todas as suaves sentenças dos Salmos e dos cânticos. Ele pede tudo quanto nos é necessário, louva a Deus de modo excelente, eleva da Terra ao Céu nossa alma e a une estreitamente a Deus.

   Assegura São João Crisóstomo que não é discípulo do Divino Mestre quem não reza como Ele rezou e nos ensinou a rezar, e que Deus Pai não ouve com agrado as orações formadas pelo espírito humano, mas sim as de seu Filho, que Ele nos ensinou.

Perda e encontro do Menino Jesus
no Templo – Catedral de
Notre-Dame, Paris

   Devemos recitar a Oração Dominical com a certeza de que o Eterno Pai nos atenderá, por ser ela a prece de seu Filho, sempre acolhida favoravelmente, e sermos nós membros d’Ele. Pois que pode recusar um tão bom Pai a um pedido tão bem concebido e apoiado nos méritos e na recomendação de um tão digno Filho?

   Santo Agostinho afirma que o Pai- -Nosso bem recitado apaga os pecados veniais. O justo cai sete vezes. A Oração Dominical contém sete súplicas pelas quais pode ele remediar suas faltas e fortificar-se contra seus inimigos. Ela é breve e fácil para que nós, fracos e sujeitos a muitas misérias, recebamos socorro imediato, recitando-a com mais frequência e maior devoção.

Uma perigosa tentação

   Desiludi-vos, pois, almas devotas que negligenciais a oração que o próprio Filho de Deus compôs e recomendou a todos os fiéis; desenganai- -vos, vós que estimais exclusivamente as preces compostas pelos homens, como se algum ser humano, mesmo o mais esclarecido, soubesse melhor que Jesus como se deve rezar.

Flagelação de Nosso Senhor Jesus
Cristo – Museu Episcopal
de Vic (Espanha)

   Procurais nos livros dos homens a maneira de louvar e de rogar a Deus, como se tivésseis vergonha de usar aquela que seu Filho nos prescreveu. Vós vos persuadis que as orações existentes nos livros são para os sábios e os ricos, e que o Rosário é adequado apenas às mulheres, às crianças e ao povo, como se os louvores e as súplicas que ledes em vossos livros fossem mais belos e agradáveis a Deus do que os contidos na Oração Dominical. Perigosa tentação esta, de rejeitar a oração recomendada por Jesus Cristo, para rezar as orações concebidas pelos homens.

   Claro que não desaprovamos as orações compostas pelos Santos para estimular os fiéis a louvar a Deus, mas não podemos admitir que tais pessoas as prefiram à oração saída da boca da Sabedoria Encarnada, que abandonem a fonte para correr atrás dos regatos, que desdenhem a água límpida para beber água turva. Pois, afinal, o Rosário, formado pela Oração Dominical e pela Saudação Angélica, é essa água clara que mana perpetuamente da fonte da graça, enquanto as demais orações que as mencionadas pessoas procuram nos livros não passam de pequeninos riachos que daí derivam. […]

A Saudação Angélica é um compêndio da mariologia

   Tão sublime, tão elevada é a Saudação Angélica que, conforme opina o Bem-aventurado Alano de la Roche, nenhuma criatura pode compreendê- la; só Jesus Cristo, o Filho da Virgem Maria, é capaz de explicá- la. Sua excelência provém principalmente da Santíssima Virgem, à qual ela foi dirigida, da Encarnação do Verbo, para a qual ela foi trazida do Céu, e do Arcanjo Gabriel, o primeiro a pronunciá-la.

Coroação de Espinhos de Nosso Senhor Jesus
Cristo – Museu Unterlinden, Colmar (França)

   A Saudação Angélica compendia com a maior concisão toda a teologia cristã sobre a Virgem Santa. Nela encontramos um louvor e uma invocação. O louvor encerra tudo quanto faz a verdadeira grandeza de Maria; a invocação engloba tudo quanto devemos pedir-Lhe e podemos esperar de sua bondade.

   Sua primeira parte foi revelada pela Santíssima Trindade; Santa Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, acrescentou a segunda; e a Igreja – no primeiro Concílio de Éfeso, realizado no ano 431 – pôs a conclusão, após condenar o erro de Nestório e definir que a Santíssima Virgem é verdadeiramente Mãe de Deus. Mandou-nos o Concílio invocar a Virgem Santa sob esse glorioso título, com as seguintes palavras: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte”.

A Saudação Angélica é o símbolo da clemência e da graça de Deus

   A Santíssima Virgem Maria é Aquela a quem foi dirigida esta divina saudação para concluir o maior e mais importante acontecimento do mundo: a Encarnação do Verbo Eterno, a paz entre Deus e os homens, e a Redenção do gênero humano. O embaixador desta feliz notícia foi o Arcanjo Gabriel, um dos primeiros príncipes da corte celeste.

Nosso Senhor Jesus Cristo com a cruz
às costas – Museu
Nacional de Arte da Catalunha,
Barcelona (Espanha)

   Na Saudação Angélica estão contidas a fé e a esperança dos patriarcas, dos profetas e dos Apóstolos. Segundo o Bem-aventurado Alano de la Roche, ela é a constância e a força dos mártires, a ciência dos doutores, a perseverança dos confessores e a vida dos religiosos. Ela é o cântico novo da Lei da graça, a alegria dos Anjos e dos homens, o terror e confusão dos demônios.

   Pela Saudação Angélica, Deus Se fez homem, a Virgem tornou-Se Mãe de Deus, foram resgatadas dos limbos as almas dos justos, reparadas as ruínas do Céu e ocupados os tronos vazios; o pecado foi perdoado, a graça nos foi dada, os doentes foram curados e os mortos ressuscitados, os exilados retornaram à pátria, aplacou- -se a Trindade Santíssima e os homens obtiveram a vida eterna. Enfim, a Saudação Angélica é o arco-íris, o símbolo da clemência e da graça de Deus.

   Nada há tão grande como a majestade divina, nem tão abjeto como o homem considerado enquanto pecador. Contudo, essa suprema majestade não desdenha nossas homenagens, ela é honrada quando lhe cantamos louvores. E a saudação do Arcanjo é um dos mais belos cânticos que podemos dirigir ao Altíssimo. “Canticum novum cantabo tibi – Cantar-Vos- -ei um cântico novo” (Sl 143, 9). Este cântico novo prenunciado por Davi, a ser cantado à chegada do Messias, é a saudação do Arcanjo.

Cântico de louvor e gratidão à Santíssima Trindade

   Há um cântico antigo e um cântico novo. O antigo é o que os israelitas cantaram em agradecimento pela criação, pela conservação, pela libertação de seu cativeiro e passagem do Mar Vermelho, pelo maná e por todos os outros favores recebidos do Céu. O cântico novo é o que os cristãos cantam em ação de graças pela Encarnação e Redenção.

Crucifixão e Morte de Nosso
Senhor Jesus
Cristo – National Gallery of
Canada, Ottawa

   Como estes prodígios se realizaram pela Saudação Angélica, nós repetimos esta saudação em agradecimento à Santíssima Trindade por seus inestimáveis benefícios. Louvamos a Deus Pai por ter amado o mundo a ponto sacrificar seu Filho único para nos salvar. Bendizemos o Filho, porque desceu do Céu à Terra, fez-Se homem e nos resgatou. Glorificamos o Espírito Santo por haver formado no seio da Santíssima Virgem esse Corpo puro oferecido em holocausto por nossos pecados.

   É nesse espírito de reconhecimento que devemos rezar a Saudação Angélica, fazendo atos de fé, de esperança, de caridade e de ação de graças por esse benefício de nossa salvação.

   Embora seja dirigido diretamente à Mãe de Deus, em seu louvor, este cântico novo é muito glorioso para a Santíssima Trindade, porque toda honra prestada à Virgem Santa reverte a Deus enquanto causa de todas as suas perfeições e virtudes. Deus Pai é glorificado pelo fato de honrarmos a mais perfeita de suas criaturas. Exaltamos o Filho quando cantamos louvores à sua puríssima Mãe. E enaltecemos o Espírito Santo ao admirarmos as graças com as quais Ele encheu a alma de sua Esposa. Assim como a Virgem Santíssima, pelo belo cântico do Magnificat, remeteu para Deus as honras que Lhe prestou Santa Isabel por sua eminente dignidade de Mãe do Redentor, da mesma forma Ela remete prontamente para o Senhor os elogios que Lhe fazemos pela Saudação Angélica.

Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
– Basílica de Nossa Senhora do Rosário,
Caieiras (SP)

“Deus encheu-Me de sabedoria e fulgor”

   Se esta saudação dá glória à Santíssima Trindade, ela é também a mais perfeita homenagem que podemos prestar a Maria. Desejando saber qual o melhor meio de provar a ternura de sua devoção à Mãe de Deus, Santa Matilde foi arrebatada em espírito e a Virgem Maria lhe apareceu. Mostrando a Saudação Angélica escrita em letras de ouro à altura de seu peito, disse-lhe Ela:

   “Fique sabendo, minha filha, que ninguém pode honrar-Me por uma saudação mais agradável do que esta que Me foi feita por ordem da Trindade adorabilíssima, e pela qual Ela Me elevou à dignidade de Mãe de Deus. Pela palavra ‘Ave’, que é o nome de Eva, entendi que Deus, por sua onipotência, Me preservara de todo pecado e das misérias às quais ficou sujeita a primeira mulher. O nome ‘Maria’, cujo significado é dama de luzes, indica que Deus encheu-Me de sabedoria e fulgor, como um astro brilhante, para iluminar o Céu e a Terra. As palavras ‘cheia de graça’ significam que o Espírito Santo de tal forma Me cumulou de graças que posso distribuí-las abundantemente àqueles que as pedem por minha intercessão. Ao dizer ‘o Senhor é convosco’, renova- -se em Mim a inefável alegria que senti quando o Verbo Se encarnou em meu seio. Quando ouço ‘bendita sois Vós entre as mulheres’, Eu louvo a divina misericórdia que Me elevou a esse alto grau de felicidade. Às palavras ‘e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus’, todo o Céu se rejubila comigo, por ver meu Filho, Jesus, adorado e glorificado como Salvador dos homens”.

Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo –
Museu Diocesano de Segóvia (Espanha)

Sinal de predestinação, mas também de condenação

  Dentre as coisas admiráveis que a Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alano de la Roche – e este grande devoto de Maria confirmou com juramento suas revelações –, destaco três das mais notáveis. Primeira: é sinal provável e próximo de condenação eterna o fato de ter negligência, tibieza e aversão pela Saudação Angélica. Segunda: portam um grande sinal de predestinação aqueles que têm devoção por esta admirável saudação. Terceira: os fiéis que receberam do Céu a graça de amar a Virgem Santíssima e de servi-La por amor, devem ter extremo cuidado de continuar a amá-La e servi-La até o momento em que, por sua intercessão, seu Divino Filho os coloque no Céu no grau de glória correspondente aos méritos de cada um.

   Todos os hereges – os quais são todos filhos do demônio e trazem as marcas evidentes da condenação – têm horror à Ave-Maria; o Pai-Nosso, eles ainda o aprendem, mas não a Ave-Maria; e preferem carregar uma serpente a ter consigo o terço ou o rosário. Entre os católicos, trazem a marca da condenação aqueles que demonstram pouco interesse pelo Rosário ou pelo Terço, deixam de rezá-lo ou só o rezam às pressas e sem fervor.

Descida do Espírito Santo sobre Nossa
Senhora e os Apóstolos – Museu da Catedral
de Segorbe (Espanha)

   Mesmo se eu não acreditasse em tudo quanto foi revelado ao Bem-aventurado Alano de la Roche, bastar-me- -ia minha experiência para estar persuadido dessa terrível e doce verdade. Não sei e até não vejo evidentemente como pode acontecer que uma devoção tão pequena em aparência seja sinal infalível da eterna salvação, e sua falta, sinal de condenação. Entretanto, nada é tão verdadeiro.

   Percebemos mesmo que os seguidores de novas doutrinas, hoje condenadas pela Igreja, com toda a sua aparente piedade, negligenciam muito a devoção ao Terço e ao Rosário, e frequentemente, sob os mais belos pretextos do mundo, conseguem tirá-la da mente e do coração dos homens e mulheres que deles se aproximam. Evitam condenar abertamente o Terço, o Rosário e o escapulário, como o fazem os calvinistas, mas seu modo de agir é tão mais pernicioso quanto mais sutil. […]

Um orvalho celeste e um dardo inflamado

   Minha Ave-Maria, meu Rosário ou meu Terço são minha prece e minha mais segura pedra de toque para distinguir aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus, daqueles que se deixam iludir pelo espírito maligno. Conheci almas que pareciam voar como águias até às nuvens, por sua sublime contemplação, mas de fato estavam desgraçadamente enganadas pelo demônio, e só consegui desvendar suas ilusões por meio da Ave-Maria e do Terço, que elas rejeitavam como coisas de nível inferior.

Assunção – Biblioteca do Mosteiro de Yuso,
San Millán de la Cogolla (Espanha)

   A Ave-Maria é um orvalho celeste e divino que, caindo na alma de um predestinado, comunica-lhe uma admirável fecundidade para produzir toda sorte de virtudes; e quanto mais a alma é irrigada por esta oração, Santo sobre Nossa s – Museu da Catedral (Espanha) Assunção – Biblioteca do Mosteiro de Yuso, San Millán de la Cogolla (Espanha) Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra – Museo Nazionale di Villa Guinigi – Lucca (Italia) Francisco Lecaros Francisco Lecaros Francisco Lecaros mais fica iluminada no espírito, abrasada no coração e fortalecida contra todos os seus inimigos. A Ave-Maria é um dardo penetrante e inflamado que, estando unido por um pregador à palavra de Deus que ele anuncia, dá-lhe a força de perfurar, de tocar e de converter os corações mais empedernidos, mesmo quando lhe falta talento natural para a pregação.

   Foi esse dardo secreto que a Santíssima Virgem comunicou a São Domingos e ao Bem-aventurado Alano para converter os hereges e os pecadores. Aí teve origem, segundo Santo Antonino, o costume dos pregadores de rezar uma Ave-Maria ao começar a pregação. […]

   Quem não admirará a excelência do Santo Rosário, composto destas duas divinas partes: a Oração Dominical e a Saudação Angélica? Haverá prece mais agradável a Deus e à Virgem Maria, mais fácil, mais suave e mais salutar para os homens? Estejam elas sempre em nossos corações e em nossos lábios, para honrar a Santíssima Trindade, Jesus Cristo nosso Salvador e sua Santíssima Mãe. (Revista Arautos do Evangelho, Outubro/2016, n. 178, pp. 16 à 21)

Excertos de Le secret admirable du très saint Rosaire – Tradução: Arautos do Evangelho

 
Comentários
Ricardino Amorim da Silva - 29 de Setembro de 2017
Texto significativo meu Deus eu creio adoro espero e amo vós peço perdão por aqueles que não crêem não adoram não esperam e não vós amam.