Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Artigos


Virgem Maria


Querida e admirada por todos
 
AUTOR: LIVRO JACINTA E FRANCISCO PREDILETOS DE MARIA - MONS JOÃO CLÁ
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
0
0
 

Assim como seu irmão Francisco, a pequena Jacinta abraçara por inteiro, e sem desfalecimento, a altíssima missão para que fora chamada pela Rainha do Céu. E, talvez mais do que ele, atingiu elevados píncaros de perfeição espiritual. Para Lúcia, Jacinta foi “aquela a quem a Santíssima Virgem comunicou maior abundância de graças e conhecimento de Deus e da virtude”. Junto a ela sentia-se o que, em geral, se experimenta no contato com uma pessoa santa, cujos procedimento e mentalidade sempre nos falam do Criador.

Depois das aparições, todos podiam admirar em Jacinta seu porte sério, modesto e amável, que “parecia traduzir a jacintaMarto..jpgpresença de Deus em todos os seus atos, próprio de pessoas já avançadas em idade e de grande virtude. Não se via nela nunca aquela demasiada leviandade ou entusiasmo, comum às crianças, pelos enfeites e brincadeiras”. Se meninos, ou mesmo adultos, diziam ou faziam algo menos conveniente diante dela, repreendia-os:

– Não façam isso, pois ofendem a Deus Nosso Senhor; e Ele já está tão ofendido!

Se alguma das pessoas respondia, chamando-a de beata falsa, ou santinha de pau oco, ela a olhava com certa severidade e se afastava. Essa seriedade, superior aos seus 7 anos, por vezes mantinha a uma respeitosa distância os outros meninos. Mas, se estava ao lado de Lúcia, então se juntavam dezenas em torno dela, muito agradados com sua companhia. Às vezes, quando ela não estava, pediam a Lúcia que a fosse buscar. E se a prima lhes dizia que Jacinta não queria vir, porque elas eram crianças más, todas prometiam se comportar direito, caso a pastorinha aparecesse.

Na verdade, Jacinta era querida e admirada por todos. Tornara-se um modelo de criança virtuosa, animada por uma profunda devoção a Jesus e a Maria, além de um ardoroso amor ao próximo, que a fazia sacrificar-se continuamente pela salvação das almas. Por isso as pessoas gostavam de arranjar pretextos para estarem junto dela. Conta a Irmã Lúcia:

“Um domingo, minhas amigas da Moita foram pedir a minha mãe que me deixasse passar o dia com elas. Obtida a licença, pediram-me que levasse comigo Jacinta e Francisco. Tendo minha tia consentido, fomos para a Moita. Depois do almoço, Jacinta começou a deixar cair a cabecinha de sono. O Sr. José Alves mandou uma das sobrinhas ir deitá-la na sua cama. Daí a pouco, dormia a sono solto. Começou a juntar-se a gente do lugarejo para passar a tarde conosco, e, na ansiedade de vê-la, foram espreitar, verificando se já estava acordada. Ficaram admiradas de vê-la dormir um pesadíssimo sono, com um sorriso nos lábios, um ar angelical, as mãozinhas postas e levantadas para o Céu. O quarto encheu-se depressa de curiosos. Todos queriam vê-la, e a custo uns saíam para deixar os outros entrarem. A mulher do Sr. José Alves e as sobrinhas diziam: ‘Ela deve ser um anjo’. E, tomadas de um certo respeito, permaneceram de joelhos, junto da cama, até que eu, perto das quatro e meia, fui chamá-la para irmos rezar o Terço na Cova da Iria, e depois irmos para casa”.

(Livro Jacinta e Francisco Prediletos de Maria – Monsenhor João Clá)

 
Comentários