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A Natividade de Maria
 
AUTOR: REDAÇÃO
 
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O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anuncio jubiloso de uma boa nova: a  Mãe do Salvador já está entre nós. Ela é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início  histórico da obra da Redenção.

E “como celebraremos a natividade de Maria?”

Essa pergunta, feita por São Pedro Damião em seu “Segundo Sermão sobre a Natividade de Nossa Senhora”, ainda surge hoje quando se trata de comemorar essa solenidade. O acontecimento é grande demais. E assim o santo justificou sua perplexidade:

“Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heroicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?”

Uma Festa de Alegria

Está inteiramente de acordo com o espírito da Igreja festejar com alegria a Festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria. Sua comemoração é feita no dia 8 de Setembro. “A celebração de hoje é para nós o começo de todas as festas”, afirma o Calendário Litúrgico Bizantino. O nascimento de Maria Santíssima traz ao mundo o anúncio jubiloso de uma boa nova: a mãe do Salvador já está entre nós. Ela é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da obra da Redenção.

A Natividade de Maria era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Ela tem provavelmente sua origem em Jerusalém, em meados do século V. Foi em Jerusalém que se manteve viva a tradição que a Virgem teria nascido junto à Porta da Piscina Probática.

Nessa festa o mundo católico admira Nossa Senhora como sendo Ela a aurora que anuncia o Sol de justiça que dissipa as trevas do pecado. Nela, a Igreja convida a “contemplarmos uma menina como todas as outras, e que ao mesmo tempo é única, pois, Ela é a “bendita entre todas as mulheres” (Lc 1, 42), a Imaculada “filha de Sião”, destinada a tornar-se a Mãe do Messias”.(João Paulo II, Audiência de 8/9/2004)

A natividade de Maria, alegria até para os Anjos

A alegria nas comemorações da festa litúrgica do nascimento de Nossa Senhora é por certo justificadamente incentivada a todos, até aos anjos:

“Alegrem-se os Patriarcas do Antigo Testamento que, em Maria, reconheceram a figura da Mãe do Messias. Eles e os justos da Antiga Lei aguardavam há séculos, serem admitidos na glória celeste pela aplicação na fé dos méritos de Cristo, o bendito fruto da Virgem Maria.

“Alegrem-se todos os homens porque o nascimento da Virgem veio anunciar-lhes a aurora do grande dia da libertação pela qual aspiram todos os povos. Alegrem-se todos os anjos porque neste dia foi-lhes dada pela primeira vez a ocasião de reverenciar a sua futura Rainha.” (Lehmann, P. JB. Na luz Perpétua, 1959 p.268)

Só no Céu houve Festa

Ainda que sendo Maria a “Virgem bela e Gloriosa” que Deus amou com predileção desde a sua eternidade, desde toda a Criação como sua obra-prima, enriquecida das graças mais sublimes e elevada à excelsa dignidade de Mãe de Deus, (Patriarca Fócio, Homilia sobre a Natividade,PG 43) visivelmente, nenhum acontecimento extraordinário acompanhou o nascimento de Maria.

Os Evangelhos nada dizem sobre sua natividade. Nenhum relato de profecia, nem aparições de anjos, nem sinais extraordinários são narrados pelos Evangelistas. Só no Céu houve Festa, pois o Filho de Deus vê sua Mãe nascer.

Preciosa pérola no seio de Sant’Ana

“Como fecho dos comentários ao presente louvor, ouçamos estas ardorosas palavras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:

A Igreja convida a contemplarmos uma menina como todas
as outras, e que ao mesmo tempo é única, pois, Ela é a
“bendita entre todas as mulheres ” (Lc 1, 42), a Imaculada
“filha de Sião, destinada a tornar-se a Mãe do Messias”
(Beato João Paulo II, Audiência de 8/9/2004)

“Porque concebida sem pecado original, Nossa Senhora, afirmam os teólogos, foi dotada do uso da razão desde o primeiro instante de seu ser. Portanto, já no ventre materno Ela possuía altíssimos e sublimíssimos pensamentos, vivendo no seio de Sant’Ana como num verdadeiro tabernáculo.

“Pode-se assim acreditar que a Bem-aventurada Virgem, com a altíssima ciência que recebera pela graça de Deus, já no seio de Sant’Ana começou a pedir a vinda do Messias e, com Ele, a derrota de todo mal no gênero humano. E desde o ventre materno se estabeleceu, com certeza, no espírito de Maria, aquele elevadíssimo intuito de vir a ser, um dia, a servidora da Mãe do Salvador.

“Na realidade, por essa forma Nossa Senhora já começava a influir nos destinos da humanidade. Sua presença na Terra era uma fonte de graças para todos aqueles que d’Ela se aproximavam na sua infância, ou mesmo quando ainda se encontrava no seio de Sant’Ana. Pois se da túnica de Nosso Senhor – conta o Evangelho (Lc. VIII, 44-47) – se irradiavam virtudes curativas para quem a tocasse, quanto mais da Mãe de Deus, Vaso de Eleição!

“Por isso, pode-se dizer que, embora fosse Ele criancinha, já em seu natal graças imensas raiaram para a Humanidade”. (“Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP; “Pequeno Ofício da Imaculado Conceição”) 

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