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Beatificados quatro monges beneditinos martirizados por comunistas em 1936
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 31/10/2016
 
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Madri – Espanha (Segunda-feira, 31-10-2016, Gaudium Press) O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidiu no último sábado, 29/10, na Catedral de Almudena, em Madri, a cerimônia de Beatificação de quatro monges beneditinos que foram mortos durante a Guerra Civil Espanhola de 1936.

Beatificados quatro monges beneditinos martirizados por comunistas em 1936.jpg

A única culpa que foi atribuída a eles por seus algozes foi a de seguir Jesus Cristo na Ordem de São Bento e de serem sacerdotes. Os monges foram assassinados pelos comunistas, por ódio à Fé.

O decreto de beatificação dos mártires beneditinos José Antón Gómez (1891-1936), Antolín Pablos Villanueva (1871-1936), Juan Rafael Mariano Alcocer Martínez (1889-1936) e Luis Vidaurrázaga Gonzáles (1901-1936), que pertenciam ao mosteiro de São Domingos de Silos, em Burgos, foi assinado pelo Papa Francisco no último mês de abril.

Os monges residiam na casa que a Ordem Beneditina possuía, desde 1922, na rua São Bernardo 79, em Madri, onde funcionava o priorato de Santa Maria de Montserrat.

Os novos Beatos Beneditinos

Beatificados quatro monges beneditinos martirizados por comunistas em 1936.jpg

A Ordem Beneditina, já soma mais de 3500 de seus membros que foram canonizados ou beatificados em todo o mundo.
Quem são os novos beatos beneditinos que, na Espanha, ofereceram sua vida em holocausto pela Igreja e para exemplo e edificação dos irmãos na Fé?

José Antón Gómez

Nascido em Hacinas em 26 de agosto de 1878, José Antón Gómez entrou ainda pequeno como oblato na comunidade da vizinha Abadia de Santo Domingo de Silos, onde professou os votos como monge beneditino em 21 de novembro de 1896.
Foi ordenado sacerdote em Silos pelo Bispo de Osma, em 31 de agosto de 1902.

Não obstante não tivesse completado os estudos universitários, conhecia muitas línguas e tinha o encargo de professor em matéria humanista e diretor das crianças oblatas.

Em 1919 foi enviado ao novo Priorado de Nossa Senhor de Montserrat, na Rua São Bernardo, em Madrid, Priorado que dependia de Silos.

Foi nomeado também Superior da comunidade, que na época contava com sete membros. Naquele período se ocupou da catalogação da Biblioteca de Zabálburu, além de desenvolver outros trabalhos intelectuais.

Com o início da Guerra Civil de 1936, dissolveu a comunidade e refugiou-se em casa de alguns amigos. Estranho à política e de caráter tranquilo, continuou a frequentar os locais habituais de seu trabalho. Descoberto seu estado de monge e sacerdote, é levado a um cárcere clandestino e fuzilado in odium fidei (por ódio à Fé) na madrugada de 25 de setembro de 1936.

Foi sepultados no cemitério do Sul, ao final da guerra seus restos mortais, junto com aqueles dos outros monges, foram trasladados ao cemitério de Almudena, de onde, em 1960, passaram ao Priorado de Montserrat.

Antolín Pablos Villanueva

Antolín Pablos Villanueva era originário de Villa de Lerma, Província de Burgos, onde nasceu em 2 de setembro de 1871.
Entrou na Abadia de Silos aos 13 anos como oblato. Emitiu a profissão monástica em 11 de setembro de 1890, sendo ordenado sacerdote em 19 de setembro de 1896.

Foi enviado a Paris para prosseguir os estudos de História e Diplomacia, sendo transferido em 1902 para a casa dependente da Abadia de Silos, no México.

Refugiou-se na Ilha de Pinos, em Cuba, durante a perseguição religiosa de 1914, tendo retornado à Espanha em 1919.
A partir de então, permaneceu no priorado de Montserrat.

Como os outros monges, no início da guerra civil, foi preso e levado ao cárcere de Modelo. Foi fuzilado em 8 de novembro de 1936 em San Fernando de Henares, em Madri, junto com outros prisioneiros.

Juan Rafael Mariano Alcocer Martínez

Juan Rafael Mariano Alcocer Martínez nasceu em Madrid em 29 de outubro de 1889 e foi batizado na Paróquia de San Sebastián, Bairro de Atocha.

Aos 20 anos entrou no noviciado na Abadia de Silos. Depois dos estudos, teve que prestar serviço militar em Ceuta, retornando a Silos onde emitiu os votos em 6 de abril de 1915. Foi ordenado sacerdote em Burgos em 25 de agosto de 1918.

Era laureado em Letras e Filosofia. Tinha a fama de bom orador e era conhecido por uma discreta produção literária.
A partir de 1926 passou a residir no Priorado de Montserrat. Com o início da Guerra Civil e a dispersão da comunidade, buscou refúgio na casa de um amigo livreiro. Descoberto e levado ao Ateneu Libertário em 4 de outubro de 1936, foi fuzilado na Cuesta della Elipa.

Luis Vidaurrázaga Gonzáles

Luis Vidaurrázaga Gonzáles nasceu em Bilbao em 13 de setembro de 1901. A morte de seu pai deixou sua família em dificuldades. Ele entrou como oblato na Abadia de Silos aos 12 anos.

Emitiu os votos em 15 de setembro de 1919. Foi ordenado sacerdote em Burgos pelo Bispo Auxiliar Dom Jaime Viladrich em 19 de dezembro de 1925.

Foi destinado ao Mosteiro de Santa María de Cogullada em Zaragoza e em 1928 foi transferido para Madrid.
Foi preso nos primeiros meses da Guerra Civil e foi solto para, em seguida, novamente ser encarcerado e fuzilado, em Elipa, no dia 31 de dezembro de 1936.

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

 
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