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Diocese portuguesa de Vila Real faz proposta de “renovação” da pastoral familiar
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 28/10/2016
 
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Vila Real – Portugal (Sexta-feira, 28-10-2016, Gaudium Press) A Diocese de Vila Real anunciou que no ano pastoral que compreende 2016-2017 será dada uma atenção especial para a pastoral familiar.

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O Bispo Dom Amândio Tomás, afirma que existe a necessidade de uma “renovação” para enfrentar os desafios que, hoje, surgiram para a Igreja Católica.

Família: presa do egoísmo e laicismo

No Plano Pastoral que foi publicado e que tem como tema “Família, santuário da fé”, o bispo de Vila Real destaca uma sociedade onde “o eclipse de Deus e a corrupção minam a família, presa do egoísmo e laicismo”.

Para ele, faltam hoje à família “ardor, fidelidade, sacrifício, referências”, valores que anteriormente brotavam da fé que agora mais parece mera “praxe social”. Falta também compromisso cristão. E isto é visível “na fuga e indiferença” para com a Igreja, “após o Crisma” e também “na falta de vocações, de amor e de empenho conjugal”.

Má formação, medo: minam o matrimônio

“O medo do compromisso definitivo mina o matrimônio cristão, produz as uniões de fato, o divórcio, o aborto, o hedonismo e dramas familiares, a apatia e silêncio dos pastores”, destaca o prelado. E é por isso que Dom Amândio , sublinha a importância premente de uma pastoral familiar onde os leigos e as famílias não se demitam, não fujam de suas responsabilidades cristãs, nascidas no batismo.

Contratestemunho, mal exemplo

O desejo é que esta pastoral consiga dar verdadeiramente sentido a figuras e funções que atualmente mais parecem preceitos vazios e sem sentido.

D. Amândio Tomás dá como exemplo as figuras dos padrinhos que “antes ajudavam na iniciação cristã, os adultos para o batismo, e com os pais eram catequistas das crianças com o exemplo de vida.

“Hoje, são contratestemunho, dão mau exemplo. Os adolescentes aturam a Catequese, para obter a crisma, diploma, serem Padrinhos, ‘desobrigados’. O testemunho cristão, que levava ao martírio, é raro. Os padrinhos são irrelevantes, no batismo e crisma, mas mudar hábitos e mentalidade não é fácil”, lamenta o bispo.

Renovação na pastoral da família

Antes de detalhar como será a renovação que deseja para sua diocese, o Bispo ainda descreve a situação dos catequistas, entre os quais “há não praticantes, gente sem fé e sem vida digna”.

“A catequese, sem o exemplo de pais e catequistas, é mais escola de noções e saberes. Falta catecumenato, vivência e testemunho de fé e uma paixão por Cristo”, acrescenta.

Para ajudar esta renovação na pastoral da família, que tem consequências em todos os setores da Igreja Católica, D. Amândio Tomás pretende criar um Secretariado da Família e um Conselho Diocesano de Pastoral.

Padrinhos, acompanhamento, vida familiar

O Prelado fala de outros desafios, descreve-os e sugere soluções:

Sobre a questão dos padrinhos, ele defende a importância de “não ministrar sacramentos sem instrução e catequese prévia” e revela que “vai pedir que se trate do tema na Conferência Episcopal Portuguesa em ordem a uma prática comum em todas as dioceses”.

O Bispo de Vila Real enfatiza a necessidade prioritária de um maior “acompanhamento” da Igreja Católica na “vida familiar”, dos “casais, adolescentes, namorados e noivos”, neste caso, dá importância total ao “curso de preparação para o matrimónio”, que necessita ser realizado com mais profundidade, sem descaso.

Ajudar os jovens com referências

“Ajudemos os jovens, pobres de afeto, doutrina e bons costumes, a apreciar a beleza do amor, entre marido e mulher, que se dão e recebem, em dom exclusivo e fiel (…) Precisamos de referências que digam que o amor fiel é possível e admirável”, escreve o bispo.

D. Amândio Tomás espera que este tempo ajude as comunidades cristãs a tomarem mais “consciência” da sua pertença à Igreja, pois por vezes a fé resume-se a “devoções e promessas e a religiosidade, sem Deus e sem o fermento do Evangelho”.

“As pessoas vivem para si, egoístas e propensas a agir, individualmente, fazendo da fé bens de supermercado, em que se escolhe o agradável e rejeita o que custa e vale”, lamenta.

Logotipo

O logótipo do ano pastoral, pretende valorizar “a identidade” da família constituída por um pai, uma mãe e pelos filhos “em união”.

“A sua arquitetura gráfica expressa a união matrimonial do casal pelas mãos dadas e desenha a cúpula de um santuário que abriga e protege os seus filhos; as cores manifestam a identidade e diversidade de cada um e o amarelo das cabeças simboliza a comunhão familiar”, explica a publicação. (JSG)

 
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