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Reinaugurado em Porto Alegre o Memorial De Bárbara Maix
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 20/03/2013
 
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Porto Alegre (Quarta-Feira, 20/03/2013, Gaudium Press) No último domingo, dia 17 de março, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ocorreu a reinauguração do Memorial Bárbara Maix, no Instituto Coração de Maria (ICM), junto ao Santuário São Rafael, local onde estão guardados seus restos mortais. A reinstalação marcou a celebração dos 140 anos de morte da Bem-Aventurada Bárbara Maix, fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

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A programação do evento teve início às 9h com uma celebração eucarístiva, presidida pelo bispo auxiliar de Porto Alegre e referencial da CNBB Nacional para a Vida Religiosa Consagrada, Dom Jaime Spengler. Em seguida, foi realizada a benção e a reinauguração do novo espaço do Memorial.

O bispo destacou a fundadora do ICM como grande mulher, que se dedicou a causa do Reino de Deus, que sofreu no exercício de sua missão, mas soube se deixar guiar pela meta: Jesus Cristo.

O prelado citou uma frase da Bem-Aventurada: “Vivei simples de coração, cada instante perante Deus, d’Aquele cujos olhos penetram as entranhas da alma e coração”. Segundo ele, é este mandato que norteia as ações evangélicas para este tempo de mudança de época que atinge a todos: sociedade, comunidades religiosas e comunidades de fé.

Na turno da tarde, a partir das 15h30min, o arcebispo metropolitano Dom Dadeus Grings celebrou uma nova missa para os fiéis. Logo após, foi dada a bênção com óleo da Bem-Aventurada. Durante a homilia, dom Dadeus afirmou que é possível dizer que o mundo ficou melhor por que Bárbara Maix existiu.

“Nós, de modo especial, aqui em Porto Alegre, temos esta alegria de tê-la entre nós. Podemos dizer que ela viveu aqui e podemos sentir um pouco deste entusiasmo que ela tinha por Jesus Cristo. Bárbara transmitiu esse entusiasmo a suas companheiras, que transmitiram através delas para a nossa população, para que todos pudessem perceber quem é Jesus Cristo. Faz dois mil anos que ele veio a terra, mas continua vivo, na eucaristia, na Igreja e em cada pessoa que acredita nele”, ressaltou.

Nas duas celebrações, o Santuário ficou lotado. Devotos vieram de diversas cidades do Rio Grande do Sul. Religiosos e religiosas de outras Congregações também participaram do evento, além das irmãs das cinco províncias. Tanto o santuário, como o memorial, ficou aberto durante todo o dia para receber os visitantes.

Ato Solene marcou a reabertura do Memorial

Guiados pelas jovens que portavam as bandeiras dos países onde a Congregação é presença, os presentes ocuparam a Rua Riachuelo para acompanhar o descerramento da placa de reinstalação.

A Diretora Geral da Congregação, Irmã Marlise Hendges, destacou em sua mensagem, a função do Memorial como espaço para conhecer as raízes fundacionais. Ela ainda agradeceu a arquiteta Beatriz Kother pela idealização e administração do projeto do novo memorial e também às irmãs que atuaram na transferência do acervo.

Irmã Marlise, acompanhada das religiosas que integram o Conselho Geral da Congregação e as Coordenadoras Provinciais, fez o descerramento da placa de reinauguração sob aplausos. Após a benção do espaço, o Memorial Bárbara Maix foi oficialmente aberto para visitação pública.

O acervo, por si, fala da trajetória histórica de Bárbara Maix e interpela os visitantes a descobrirem o significado de cada elemento que o compõe. Nele, conservam-se relíquias datadas do século 19. São objetos de uso pessoal ou confeccionados por Bárbara: a cruz trinitária, o anel da consagração, seus escritos, a imagem de Jesus Menino pertencente à família Maix, mostras de trabalhos manuais, a mesa sobre a qual Bárbara foi velada bem como outros objetos de suas companheiras.

O Memorial guarda, também, a documentação do processo de beatificação da Serva de Deus, relíquias papais, vestes e objetos litúrgicos. Apresenta a expansão da Congregação em diversos países e sua missão em cada província.

Bárbara Maix

Bárbara Maix nasceu em Viena, na Áustria. Devido à perseguição religiosa movida pela revolução de 1848, ela embarcou para o Brasil com mais 21 companheiras, chegando ao Rio de Janeiro depois de 57 dias de viagem. No dia 8 de maio de 1849, fundou a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

Bárbara, que faleceu no dia 17 de março de 1873, viveu as Virtudes Teologais e Cardinais de forma heróica, evangélica, no mais alto grau, sendo apresentada como modelo de vida e virtudes da fé cristã para os tempos atuais.

No fim do mês de março de 2010, o então papa Bento XVI autorizou a publicação do Decreto do milagre atribuído à intercessão da fundadora: a cura prodigiosa do menino, Onorino Ecker, que em julho de 1944 ficou completamente curado após sofrer queimaduras de terceiro grau quando lhe sobreveio uma panela de água fervente que estava em uma fogueira. Com isso, deu-se o último passo para a sua beatificação.

A Beatificação

O processo de beatificação da madre austríaca teve início em 1993 e se tornou realidade no dia 06 de novembro de 2010, na capital gaúcha, quando mais de 15 mil pessoas acompanharam e se emocionaram com uma cerimônia única e histórica para a Igreja do Rio Grande do Sul. A trajetória da beatificação culminou com a abertura à visitação. (FB-JS)

 
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