Frederico Westphalen – Rio Grande do Sul (Quinta-feira, 14-06-2018, Gaudium Press) “Perante a grave situação do mundo de hoje, caímos facilmente no risco do pessimismo, e o de usarmos uma linguagem negativa, como se Deus tivesse desistido de salvar o mundo, depois de ter investido nele todo o Seu Sangue”, escreve Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen.
Em seu artigo intitulado “A fidelidade de Deus”, Dom Keller lembra que “o desânimo, depois de ter começado uma obra e quando as coisas não correm bem, é propriedade dos homens, mas não de Deus”, pois “Ele nos ama e não desiste de nos salvar até ao último momento da nossa vida na terra”.
“Este pessimismo, com o desânimo e abandono da luta que se lhe segue, é mais uma das armas do demônio. Quando desanimamos de lutar, deixamos de lhe dar trabalho, porque depomos as armas, desistimos”, explica
Segundo o prelado, “é importante, diante do mal que afeta o mundo, que não nos deixemos enganar pelas aparências, por isto que parece a vitória definitiva do mal, com tantos crimes e aparente recompensa dos que os cometem”.
Em seguida, o bispo de Frederico Westphalen recorda que desde o princípio da Igreja Católica, os cristãos viviam sempre em ambientes assolados pelo negativismo, mas com oração e perseverança, “tornaram-se fermento de um mundo novo”, vencendo o mal com o bem.
“O único problema que, de fato pode nos afetar é o de deixarmos apagar o fogo do amor de Deus em nossos corações. Neste caso é preciso reacendê-lo, soprar a cinza da tibieza e da rotina”.
Ainda no artigo, Dom Antonio Carlos faz a seguinte indagação: “estamos, de fato, entusiasmados por Cristo e agradecemos ao Senhor a nossa vocação cristã?”.
Logo, o religioso ressalta que “Deus gosta de nos dar surpresas que nos enchem de alegria, como o pai que guarda um brinquedo que vai fazer saltar de alegria o filho pequenino”. “Quando toda a gente pensava que tudo tinha acabado com a morte de Cristo na Cruz, somos surpreendidos com a sua Ressurreição gloriosa”, afirma.
No final do texto, o bispo diocesano aconselha: “façamos tudo como se tudo dependesse de nós e confiemos no Senhor como se tudo só dependesse dele. Esta certeza não deve alimentar a nossa preguiça, mas há de nos dar ânimo para não nos deixarmos vencer pelas aparências más deste mundo”.
“Alicercemo-nos na confiança de que o Senhor continua a amar-nos, e ama a cada uma das pessoas como se ela fosse a única, na vastidão do universo. E continuemos a rezar pelas pessoas e a viver generosamente a nossa vocação cristã, com a certeza de que depois da noite vem o dia. Há um horizonte belíssimo para além das densas nuvens que hoje encobrem o nosso mundo”, conclui. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações da Diocese de Frederico Westphalen