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Cristo Redentor dos Andes completa 114 anos
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 16/03/2018
 
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Redação (Sexta-feira, 16-03-2018, Gaudium Press) Há 114 anos, no dia 13 de Março de 1904, foi inaugurado na Cordilheira dos Andes, na fronteira entre Chile e Argentina, e a 3854 metros de altura pela passagem de Uspallata, uma monumental escultura do Cristo Redentor, como um símbolo da paz entre ambos países.

Imponente e levantado no céu abençoando, assim se vê ainda este monumento, obra do escultor argentino Mateo Alonso, que foi erguida em homenagem ao Papa Leão XIII, que incentivou a paz no mundo.

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Sob seus pés ficou consignada a seguinte frase: “estas montanhas se desfarão, antes que argentinos e chilenos quebrem a paz jurada aos pés do Cristo Redentor”, pronunciada por Dom Ramón Angel Jara, Bispo de Ancud, Chile, no dia em que se inaugurou o monumento.

A história do Cristo Redentor dos Andes se remonta ao conflito fronteiriço enfrentado por ambos países na segunda metade do século XIX. As duas nações mantiveram discussões acaloradas sobre quais deviam ser os lugares sobre a Cordilheira dos Andes nos quais se marcariam seus limites.

Por seis anos, de 1898 até 1904, Argentina e Chile incrementaram suas armas bélicas, correndo o risco de desatar-se uma guerra entre as nações irmãs, crescendo o rumor do iminente estalido de um conflito, apesar das tentativas de um acordo político entre os então presidentes do Chile, Federico Errázuriz, e da Argentina, Julio Argentino Roca.

Paralelamente a estes acontecimentos, a partir do século XX, o Papa Leão XIII dirigiu ao mundo várias encíclicas nas quais rogava por um mundo em paz, pedindo uma maior devoção ao Cristo Redentor. Uma súplica que foi assumida pelo Bispo de Cuyo, na Argentina, Dom Marcolino do Carmelo Benavente, que a impulsionou colocando na fronteira de ambos países uma monumental estátua do Cristo Redentor para assim recordar a mensagem de paz animada pelo Santo Padre.

Para instalá-la, o Bispo, que também era dominicano, fez no ano de 1900 uma promessa pública para erguer a estátua, para a qual animou uma coleta. O prelado conseguiu bronze de antigos canhões, encarregando a escultura à Mateo Alonso, que representou a Nosso Senhor com seu pé direito sobre o mundo, e uma cruz levantada por sua mão esquerda.

Depois de alguns atrasos e inconvenientes, a imponente imagem foi transladada de Buenos Aires para a Cordilheira, para ser inaugurada no dia 13 de março de 1904 com a presença de tropas chilenas no lado argentino, e tropas argentinas no lado chileno.

A este Cristo Redentor se encomendou a paz de ambas nações, a qual se viu novamente ameaçada em 1978 pelo conflito do Canal de Beagle; mas graças à mediação do então Cardeal Antonio Samoré, que foi enviado pelo Papa para intervir no conflito, no final deste ano, a paz voltou para ambas nações, um fato que ficou consignado alguns anos depois com o “Tratado de Paz e Amizade”, assinado pelos dois países em 1984.

São João Paulo II, quando visitou a Argentina em 1987, e em uma breve passagem por Mendoza, disse sobre a monumental escultura: “O monumento a Cristo Redentor, inaugurado há mais de oitenta anos, como símbolo de paz entre argentinos e chilenos, está cravado no topo da Cordilheira, onde vigia e dispensa sua providência protetora sobre ambos povos irmãos. Tem sido Ele, com certeza, que tem velado sempre, e de modo particular nestes últimos tempos, para que se cumpra a bela lenda ali estampada: ‘estas montanhas se desfarão, antes que argentinos e chilenos quebrem a paz jurada aos pés do Cristo Redentor'”. (EPC)

 
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