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Nicarágua: núncio faz apelo em nome do Papa
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 18/07/2018
 
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Managua – Nicarágua (Quarta-feira, 18-07-2018, Gaudium Press) Dom Waldemar Stanislaw Sommertag, núncio apostólico na Nicarágua, fez um forte apelo para que se acabe com a violência que abala o país desde 18 de abril último, exatamente três meses atrás, que já custou a vida de mais de 360 nicaraguenses.
O núncio falava em nome do Papa Francisco.

Nicarágua- núncio faz apelo em nome do Papa.jpg

Papa Preocupado

“Neste momento trágico, desejo expressar também em nome do Santo Padre e da Santa Sé a profunda preocupação pela grave situação que se está vivendo no país. Logicamente, não é aceitável pensar que os mortos e as vítimas da violência possam resolver uma crise política e garantir um futuro de paz e prosperidade para a Nicarágua”, afirmou Dom Stanislaw Sommertag em comunicado divulgado pela mídia católica nicaraguense.

O Núncio ainda continuou com seu apelo:
“Chorando por todos os mortos e rezando pelas suas famílias, com todas as minhas forças humanas e espirituais, faço um apelo às consciências de todos para se chegar a uma trégua” que permita “buscar juntos uma solução adequada e resolver assim a crise”.

O representante do Papa ainda rezou: ” todos nós humildemente nos colocamos sob a proteção da Santíssima Virgem Maria, pedindo a sua ajuda para que guie sempre a nossa amada Nicarágua”.
A cidade de Masaya foi tomada

Tomada a Cidade de Masaya

Nesta terça-feira (17/07), a polícia e as forças paramilitares assumiram o controle do centro de Masaya, cidade a 30 quilômetros de Manágua, que se tornou o símbolo de resistência ao governo de Ortega. 

Segundo o jornal El Nuevo Diario, a operação militar para a tomada da cidade durou mais de sete horas.
Sofreu o mais forte ataque a área da comunidade indígena de Monimbo, que, por causa do forte tiroteio com armas de fogo, viu morrer mais 3 pessoas e aumentar o número de feridos, afirma uma associação local defensora dos direitos humanos.

Devido à ferocidade do ataque , o número de mortes certamente é maior, porém, uma verificação é impossível de ser realizada.
A cidade continua praticamente cercada pelas forças do governo.

Agressão contra a Igreja Católica

Enquanto isso acontece, evidencia-se, cada vez mais, uma situação em que a Igreja Católica é cada vez mais alvo de ameaças e ataques.

Recorda-se que no dia 9 de julho, ativistas próximos ao governo perpetraram uma agressão contra o cardeal Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua e, nesta mesma ocasião, foi agredido o núncio e também o bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Báez.

Um outro bispo, Dom Abelardo Mata, da diocese de Estelí, escapou de um atentado ainda há poucos dias.
Os bispos acusam “a falta de vontade política do governo de dialogar com sinceridade e buscar processos reais” que conduzam para o restabelecimento da democracia “.

Organismos internacionais

Por sua vez, organismos internacionais têm feito pronunciamentos.

O secretário geral da ONU, António Guterres, criticou duramente “a força excessiva de entidades ligadas ao governo do presidente Daniel Ortega”, salientando que o uso da força contra civis e estudantes “representa um obstáculo para obter uma solução política à situação atual”.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou que a lei sobre o terrorismo recentemente aprovada pelo Parlamento da Nicarágua pode ser usada para criminalizar os protestos pacíficos no país. (JSG)

 

 
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