Roma – Itália (Segunda-feira, 18-09-2017, Gaudium Press) O sacerdote Tom Uzhunnalil salesiano de origem indiana passou um ano e meio nas mãos de terroristas, que atacaram no dia 04 de março de 2016 o hospício de Aden, Iêmen. No assalto mataram quatro missionários da caridade e mais 12 residentes.
O Padre Tom foi libertado em 12 de setembro de 2017, e nesse último sábado, o religioso concedeu uma entrevista no centro Salesianum em Roma, onde chamou a atenção dos jornalistas certa fraqueza física do entrevistado, pois durante o seu cativeiro perdeu 30 quilos. Por outro lado mostrou uma força espiritual com uma lucidez mental íntegra.
Sobre sua libertação nenhum detalhe foi fornecido. O Padre Artime, atual Reitor-Maior dos Salesianos, não declarou as circunstâncias precisas de como foram as tratativas. “É certo que libertação e a transferência foram realizadas através de um operador humanitário, em comunicação e conexão com o Sultanato de Omã”, afirmou o salesiano.
O padre Tom relatou longamente seus sofrimentos, nas mãos dos guerrilheiros do Estado Islâmico. E dirigiu uma saudação amigável e fraterna a um grupo de Missionárias da Caridade que vieram escutá-lo. As Filhas da Caridade, fundadas por Santa Tereza de Calcutá, perderam quatro de suas irmãs no ataque ao hospício de Adem, onde o Padre Tom trabalhava como capelão.
“Sempre rezei por todos, o Papa, as Irmãs falecidas, a família, aqueles que eu sabia que estavam orando por mim, e também pelos sequestradores”, disse ele. Afirmou que os sequestradores forneceram-lhe medicamentos para diabetes, uns 230 comprimidos, e com isso foi possível contar os dias que passaram.
Ele concluiu que gostaria de encontrar a Superiora Geral das Missionárias da Caridade, para continuar como missionário, a serviço do Senhor.
Com informações da Rádio Vaticano