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Recuperando a memória de São Pedro: reaberto o Cárcere Mamertino
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 14/07/2016
 
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Roma (Quinta-feira, 14/07/2016, Gaudium Press) – Na noite de quarta-feira foi reaberto o local onde São Pedro esteve preso em Roma: o Cárcere Mamertino.

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Ele é considerado como um dos sítios arqueológicos mais antigos e importantes para a história de Roma e da Igreja. Sua reabertura ocorre quando nele foram concluídos os trabalhos de escavações arqueológicas e de remodelação promovidos pela Opera Romana Peregrinações.

Dom Liberio Andreatta e o Cárcere Mametino

Por ocasião da reabertura, Mons. Liberio Andreatta, Vice-presidente da organização que promoveu as escavações arqueológicas e as remodelações do Cárcere Marmetino, falou à Rádio Vaticano sobre este verdadeiro memorial e monumento histórico, sua autenticidade e importância.

São palavras de Dom Andreatta:

– A tradição considera como uma coisa certa, e não apenas através dos escritos que herdamos e dos testemunhos, mas também através de toda a iconografia e de todas as imagens que encontramos escavando dentro do Cárcere: desde o início dos primeiros séculos da Igreja, a comunidade cristã venerou este lugar. Portanto, deduzimos que quase certamente este foi o Cárcere onde Pedro foi preso, onde converteu e batizou seus dois carcereiros.

Sobre a campanha de escavações conduzida pela Opera Romana Peregrinações que levou à reabertura do Cárcere Mamertino, disse Dom Andreatta:

-Nós assumimos o compromisso de recuperar e trazer à luz o que foi e, até mesmo, o antigo Tullianum.

Pense que o Tullianum remonta ao VII século a.C.: é um lugar aos pés do Rochedo Tarpea; um lugar sagrado, porque tinha a presença de água; é um lugar que -depois- com o passar dos séculos tornou-se uma prisão de máxima segurança, onde eram colocados e abandonados os verdadeiros inimigos do Império.

Os romanos não gostam de fazer mártires, por isso os grandes inimigos do Império não eram mortos -para não para criar, precisamente, mártires- mas eram colocados no esquecimento.

Havia esse grande buraco, enorme, profundo -que nós, através de escavações, encontramos- com um pequeno buraco aberto encima: ali eles eram jogados dentro e abandonados, como se tivessem que desaparecer.

Em seguida, por causa da piedade popular, foi construída uma igreja dedicada aos Santos Pedro e Paulo, que depois foi demolida… e ali foi criado outro local de culto.

Hoje existem quatro camadas: a igreja do século XVII, a parte superior de São José dos Carpinteiros, construída pela Irmandade de São José dos Carpinteiros; depois, sob o piso, no centro, há o Santuário do Crucifixo -uma bela capela do Crucifixo- desejada em 1800 pelo Papa Pio IX, com uma bela imagem do tempo que recorda quando ele fez levar para dentro um Crucifixo antigo; e depois, o chamado Cárcere, que recorda com o altar e a coluna, a prisão de Pedro; e mais embaixo ainda o Tullianum.
Portanto, são quatro camadas.

Nossa Senhora da Misericórdia

Dom Andreatta ainda falou à Rádio Vaticano das descobertas e do aproveitamento do que foi encontrado nas escavações e do encontro de uma imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, a única conservada em Roma:

“Criamos um belo e extraordinário museu multimídia, onde expusemos todos os esqueletos, medalhas, imagens…

Basta pensar -por exemplo- nas medalhas dos Jubileus que foram encontradas: portanto a tradição nos dá a certeza da devoção a Pedro. Há afrescos de Jesus que põe a mão no ombro de Pedro para tranquilizá-lo. Mas, acima de tudo, descobriu-se algo extraordinário: Nossa Senhora da Misericórdia, que remonta ao início do século XIV, portanto, entre os séculos XII e XIII, que é a única Nossa Senhora da Misericórdia conservada em Roma. (JSG)

 
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