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A meditação católica constitui um grau mais elevado da oração, onde as almas “percebem melhor os chamamentos e convites diversos que faz o Senhor”, como nos ensina Santa Teresa de Jesus. Esta forma de meditar é um dom particularíssimo de Deus, no qual as almas são introduzidas e inebriadas no amor divino.
“Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-Me de beber, certamente Lhe pedirias tu mesma e Ele te daria uma água viva” (Jo 4, 10). O sentido mais profundo destas palavras do Divino Mestre nos revela quanto Ele está desejoso de relacionar-Se conosco, quanto espera um pedido nosso para nos dar a água da vida eterna.
Ensina-nos a teologia que a meditação consiste na “aplicação racional da mente a uma verdade sobrenatural, a fim de nos convencermos dela e nos movermos a amá-la e praticá-la, com a ajuda da graça”. Por isso, proclama o Apóstolo: “Orarei com o espírito, mas orarei também com o entendimento; cantarei com o espírito, mas cantarei também com o entendimento” (I Cor 14, 15).
À alma absorta e embevecida no convívio com o sobrenatural não resta ocasião para pensar em si mesma, pois só se ocupa do que diz respeito às coisas divinas. São Francisco de Sales ensina que para bem meditar devemos nos colocar na presença de Deus, invocando-O e considerando seus mistérios, entregando-Lhe nossos afetos e tomando firmes resoluções.
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