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Arautos


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Testemunhos: Sinais sensíveis da graça
 
AUTOR: PE. RICARDO JOSÉ BASSO, EP
 
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No dia a dia do seu trabalho evangelizador, os missionários arautos têm o consolo de ver a eficácia santificadora dos Sacramentos. Instituídos pelo próprio Cristo, eles confortam e revigoram as almas, tornando-as mais próximas d’Ele e de sua Igreja.

Apesar da iconografia procurar representar das mais variadas formas a figura adorabilíssima do Divino Mestre, nenhuma consegue atender por inteiro as expectativas de quem deseja conhecê-Lo. Sonhamos, então, com voltar ao passado, ainda que seja por alguns instantes, para poder conviver de perto com Aquele que é o centro das nossas vidas. Desejaríamos vê-Lo com nossos próprios olhos, ouvi-Lo com nossos próprios ouvidos, oscular-Lhe os pés mil vezes benditos com os nossos próprios lábios…

Entretanto, Jesus Se encontra muito perto de nós, operando ainda mais milagres e prodígios do que outrora, pois como Ele mesmo disse antes de partir rumo ao Céu: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).

Ao rezarmos junto a Jesus Sacramentado preso por amor a nós na Hóstia exposta no ostensório, é realmente a Ele que nos dirigimos, embora oculto sob os véus eucarísticos. E ao sermos regenerados pelo Batismo, fortalecidos com a Confirmação, alimentados com a Comunhão, perdoados na Confissão, reanimados ou preparados para uma boa morte na Unção dos Enfermos, elevados ao sacerdócio na Ordem ou santificados pelas bênçãos derramadas no Matrimônio, o Espírito opera em nós maravilhas ainda maiores do que as narradas nos Evangelhos.

Evangelizar é fazer com que as pessoas se unam a Nosso Senhor, Cabeça do Corpo Místico da Igreja, de quem provém todas as graças. E isso só se consegue recorrendo com generosa abundância a um poderoso recurso instituído pelo próprio Jesus: os Sacramentos.

No dia a dia do seu labor apostólico, os Arautos do Evangelho têm oportunidade de constatar a eficácia desses sinais visíveis que confortam, revigoram e infundem de forma invisível a graça santificante. Eis o que relatam alguns testemunhos nesse sentido.

Missa da Solenidade da Assunção, presidida por Mons. João Sconamiglio Clá Dias
e concelebrada por sacerdotes arautos, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, Caieiras, 15/8/2018


“Senti-me piedosamente acolhida e amada”

Ludmila Matos Andrade, de Montes Claros (MG), narra-nos como era sua vida antes de frequentar assiduamente aos Sacramentos: “Tentei alçar voo em direção à glória, me entregando a falsas visões e ruídos dos ventos – criatura fraca que sou, só pensava em saciar-me! – e acabei me perdendo pelo caminho, confiando em falsos deuses e mentirosas promessas…”

Porém, após passar por um período de grande dificuldade com o falecimento de sua mãe, Nosso Senhor encontrou um meio de ir ao encalço da pequena ovelha que se extraviara: “Algumas semanas se passaram e recebo, por indicação de uma amiga, uma ligação dos Arautos do Evangelho oferecendo a visita de Nossa Senhora em minha casa. Dias depois, estou diante da caridosa presença deles e do Oratório de Maria, e ali junto a eles, me recolho em meu deserto interior sedenta de explicações…”

E, recebendo de Maria Santíssima as respostas que tanto procurava, continua: “Após esta visita iniciei a minha caminhada nos Arautos do Evangelho, participando da catequese dos adultos, onde pude ver minha condição de vida pecaminosa e repleta de injustiças. Através dos professores, estes exemplos de servos de Maria, conheci a salvação e o encontro com Deus, por meio da conversão e da busca pela santidade. Na caminhada constante com a palavra de Deus, procurei a Confissão, pois desejava ardentemente conhecer a misericórdia dada aos santos convertidos”.

Num primeiro sábado do mês de julho, durante uma novena a Nossa Senhora do Carmo, ela encontrou no Sacramento da Penitência o descanso que sua alma tanto buscava: “Naquela tarde, ajoelhada diante de um representante da divindade, me permiti imaginar ardentemente que o próprio Deus encontrava-Se ali me ouvindo. Por um suave toque percebi estar junto a Ele, à minha Mãe Santíssima e, por impulso, me joguei confiante em seus braços e chorei todas as minhas faltas, lamentei todos os meus pecados, pedi perdão por todo o mal injustamente cometido”.

Com a consciência leve e a certeza de ter sido perdoada de suas faltas, Ludmila afirma: “Ali senti-me piedosamente amada e acolhida. Tomada por piedosa graça, fui docemente aconselhada a rezar o terço todos os dias e convidada a reconhecer Jesus Cristo, como o caminho de minha santificação”.

“Minha alma voltou a reviver”

Assaltada por uma grave doença que a tem feito sofrer com lancinantes dores e impossibilidade de locomoção, Daniele Cardoso, de Campos dos Goytacazes (RJ), relata-nos as graças por ela recebidas:

“Tudo começou há quatro anos, num período muito difícil da minha vida. Sabendo da existência de um padre arauto em minha cidade, peguei o número na internet e liguei. Ele atendeu o telefone com muito zelo, não se importou com a distância, não quis saber quantas horas levaria para chegar até minha casa, apenas disse ‘sim’”.

No dia combinado, o sacerdote apresentou-se na residência: “Ao abrir o portão, me surpreendi, porque pude observar da janela um belo sorriso de um rapaz muito novo, acompanhado por um jovem. Logo me atendeu em confissão, ministrou a Eucaristia, dando-me várias bênçãos e a Unção dos Enfermos”. Porém, este primeiro contato com os Sacramentos foi apenas o início de muitos outros, através dos quais se iniciou uma grande transformação em sua vida.

Depois de algum tempo, Daniele conseguiu vencer suas dificuldades de locomoção, e foi participar em uma Missa celebrada na Casa dos Arautos.

“Eu senti algo diferente naquele lugar: santidade, desejo do Céu, pessoas que buscavam a Deus e não os favores d’Ele. Eu pude e posso a cada Missa experimentar algo diferente. Ao ver o padre arauto purificando o cálice, sinto que ele está cuidando das feridas de Nosso Senhor, como se fosse Jesus todo machucado no cálice e na patena. E o sacerdote com todo zelo do mundo faz aquilo. E todo domingo eu quero mais, espero a semana inteira pelo domingo, porque poderei participar da Santa Missa”.

Cheia de contentamento pelas maravilhas operadas em sua vida por meio dos Sacramentos, Daniele afirma: “Deus usou e usa deste sacerdote arauto. Usou para mudar a minha vida, usou para mudar a vida de muitos. A partir da entrada deste grande servo que se faz tão pequeno, a minha alma voltou a reviver. Não a mesma vida, mas uma vida que, mesmo com todo sofrimento e muitas lutas, me impulsiona a buscar as coisas do Céu”.

“A fé foi se iluminando novamente”

De Joinville (SC), Margarete Schulze Miranda explica como conheceu os Arautos num momento crítico de sua vida. Esse encontro a levou a frequentar novamente os Sacramentos, aumentando-lhe o fervor na oração e firmando-a na Fé e em seus princípios morais.

“Eu ia desenvolvendo uma cegueira espiritual adversa, que estava me afastando cada vez mais da Igreja, quando, pelas mãos maternais de Maria, tive a felicidade de encontrar um arauto que veio até a minha paróquia para dar um curso de Consagração a Nossa Senhora. A partir deste preciosíssimo curso comecei a participar da Eucaristia na Sede dos Arautos e fui sendo assistida no Sacramento da Confissão por um padre arauto; aos poucos a Fé foi se iluminando novamente em minha alma.

“Conhecer os Arautos do Evangelho me levou a orar com mais intensidade e fervor, a frequentar semanalmente a Santa Missa, recebendo a Eucaristia e, sob a luz do Espírito Santo, também o Sacramento da cura da alma, que é a Confissão”.

E, agradecida, acrescenta: “Os Arautos do Evangelho, por onde passam, promovem o bem e trazem um carisma que tanto me chama a atenção, que é de salvar as almas para Deus… Eles fazem um trabalho apostólico para a Igreja de Jesus Cristo, em meio ao caos em que se encontram os princípios morais da educação e da Fé, que são a essência de cada ser humano. Se todas as crianças do globo tivessem a graça de frequentar a Casa dos Arautos do Evangelho, nós teríamos, sem dúvida nenhuma, um mundo eticamente dentro da moral e dos bons costumes”.

“Comecei a frequentar a Eucaristia”

Mesmo fazendo parte da Igreja pelo Batismo e havendo constituído sua família sob as bênçãos de Deus, Edson Pacheco, de Joinville (SC), conta que, por ter-se afastado da Missa, começou a ter problemas familiares, os quais se solucionaram com a frequência à Eucaristia:

“Com grande emoção relato que fui admitido no setor masculino dos Arautos, sem merecimento algum, e que lá passei oito anos. Foram, de longe, os melhores dias de minha vida, e só saí por problemas de saúde.

Unção dos Enfermos durante uma visita
ao Hospital São Luís Gonzaga, em São Paulo

“Consegui um emprego modesto, me casei, fiz minha faculdade, tive uma filha e, durante este período, devido à correria do dia a dia, pois minha esposa também estava frequentando o ensino superior, me afastei dos Arautos e problemas conjugais começaram a aparecer. Mas como Nossa Senhora é Mãe, e nunca o deixa de ser, fui lembrado com um convite inesperado da parte de um arauto, comecei a frequentar a Eucaristia na sede e a levar minha família…

“Minha vida teve um novo rumo, a tempestade da incompreensão passou e hoje tenho um relacionamento sólido com minha esposa – grande causa de angústia e sofrimento para mim era a instabilidade conjugal. Deus, através desta obra magnífica, tem me devolvido a paz de espírito, a esperança de um mundo melhor e uma família consistente, tão rara nestes nossos dias”.

“Regularizei minha vida matrimonial”

Havendo constituído um lar afastado da Religião, Janaína Bueno Joaquim, de Mairiporã (SP), teve a alegria de receber as bênçãos de Deus para sua família: “Conheci os Arautos do Evangelho através de meu esposo, que prestava serviço a eles, quando recebi em minha casa um diácono que então era chefe imediato do meu esposo. E minha vida foi mudando! Regularizei meu matrimônio, comecei a frequentar as Missas dominicais e demais Sacramentos. Meu marido, inclusive, fez a Primeira Comunhão”.

E continua: “O diácono, que hoje é sacerdote, se dizia nosso amigo, e suas palavras eram verdadeiras, pois em suas visitas trazia muita alegria e conforto, sempre acolhedor e disposto a ajudar.

“Recebi uma grande graça: minha mãe, há anos e anos com depressão, a ponto de não assumir os trabalhos domésticos, com a frequência à Missa celebrada pelos padres arautos, ficou curada. É assídua às Missas e evangeliza o esposo e os filhos. Agora, rendo graças a Deus e a Nossa Senhora por ter colocado em meu caminho e no de minha família esses instrumentos benditos”.

Estes são alguns dos incontáveis relatos que chegam às nossas mãos, comprovando as maravilhas operadas por Nosso Senhor em nossos dias. Mais do que a cura de um paralítico, de um cego, um leproso ou hidrópico, numa época em que o pecado atingiu grande parte da humanidade, vemos, através dos Sacramentos, almas reluzindo para a virtude como lírios surgidos, tantas vezes, do lodo, na noite e sob a tempestade. (Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2019, n. 205, p. 36-39)

 
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