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Ano Novo Litúrgico na Santa Igreja II
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 22/11/2021
 
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Como com o experiente navegante, guiado pelas maiores estrelas do firmamento, assim o Cristão deve se guiar pelas maiores festividades de sua fé, rumo à Pátria Celeste.

Como vimos no artigo anterior, o ano litúrgico está estruturado considerando os principais mistérios da fé: Nascimento e Ressurreição de Nosso Senhor.

Se você ainda não leu o primeiro artigo, clique aqui.

Páscoa no ano litúrgico

O tempo Pascal é a maior comemoração, ainda maior que o Natal, pois é a conclusão da Missão do Senhor, o auge do seu nascimento. Pela tradição, temos que a Ressurreição de Jesus se deu no segundo domingo após o início do outono: como varia o dia em que cai esse domingo no calendário civil, a Santa Igreja também adapta a festa da Ressurreição em cada ano.

Neste ano, celebramos a Páscoa no dia 4 de abril; já no ano que vem celebraremos no dia 17 de abril.

Tempo de alegrar-se e se regozijar, a Páscoa traz a cor branca e dourada, do triunfo. Como com o Natal, há também um tempo de preparação, com uma nota mais penitencial: é a Quaresma, somando-se quarenta dia antes do domingo da Ressurreição.

A Quaresma traz também a cor também roxa, com leituras e salmos procurando despertar o horror ao pecado, este que matou a Jesus na Cruz, pois foi por nossos pecados que Ele se sacrificou.

Inicia-se numa quarta-feira, chamada de celebração das cinzas, onde lembramos que somos pó e ao pó hemos de voltar: neste ano celebramos no dia 17 de fevereiro.

Outra curiosidade: o carnaval foi, na Idade Média, uma festa voltada para a comemoração das cinzas. Carnaval vem do latim Carna Valis, festa da carne, pois, sem refrigeradores, considerando que na Quaresma se fazia abstinência completa do consumo da carne, os medievais faziam banquetes para todos para esgotar toda provisão de caça que tinham.

Tempo de crescer

Por último e não menos importante, temos o Tempo comum no ano litúrgico. Ele traz para a Santa Missa a cor verde, simbolizando a paz, a tranquilidade do broto que cresce para se tornar uma colossal árvore. É o tempo destinado ao estudo do evangelho do Ano em questão, como explicado na primeira parte.

Em questão de datas civis, o Tempo Comum se divide em duas partes: primeiro, se inicia logo após o Batismo do Senhor, comemorado no domingo após o dia 15 de janeiro. Na segunda feira já se inicia o uso do verde, e este se estende até a quarta-feira de cinzas.

Passado a Quaresma, festejado a Ressurreição do senhor, celebramos a memória da vitória de Cristo com 50 dias de comemorações. Este, o tempo Pascal, termina com a vinda de Pentecostes, o Espírito Santo que desce aos Apóstolos como línguas de fogo.

Como para cada ano civil temos um dia de Páscoa diferente, assim também é com o Pentecostes: em 2021 o comemoramos no dia 23 de maio.

Assim, já no dia seguinte há o segundo período do Tempo comum, e só se findando com o final do ano Litúrgico e início de outro, no primeiro domingo do Advento.

Com um ciclo de festividades e celebrações, assim a Igreja procura lembrar ao fiel o sagrado da vida, esta dádiva concedida por Deus para que encontremos em seu louvor a nossa felicidade.

Deste modo, baseados nossos dias na vida de Cristo, esperamos poder celebrar essa mesma liturgia não mais no vale de Lágrimas que é esta Terra, mas ao lado dos santos e anjos, quando terminar nossos dias.

 
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