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Catecismo


O alimento por excelência
 
AUTOR: BRUNA CORRÊA SALGADO
 
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Ao contemplar os magníficos trigais, quem poderia cogitar que um tão pequeno grão seria utilizado por Nosso Senhor para operar o mais fascinante milagre da História?

Quando Isaac abençoa Jacó como o filho da promessa, pede a Deus que lhe dê “uma abundância de trigo e de vinho!” (Gn 27, 28). Davi exalta a Divina Providência dizendo: “os vales se enchem de trigais. Só há júbilo e cantos de alegria” (Sl 65, 14). E, no Evangelho, Nosso Senhor compara o Reino dos Céus com um campo semeado com a boa semente de trigo, cujos frutos são os filhos do Reino (cf. Mt 13, 24-38).

   Desde tempos imemoriais os belos e dourados trigais significavam a fartura, fruto da bênção do Altíssimo, pois o grão deste cereal, após ser triturado, misturado com água e assado, transforma-se no alimento por excelência: o pão. Tem ele a honra de figurar na Oração Dominical, simbolizando o sustento que o homem recebe das dadivosas mãos divinas: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” (Mt 6, 11).

   Ora, muito mais do que um simples e saboroso sustento para o corpo, o pão é símbolo dos bens ­espirituais com que Deus feito Homem alimenta a nossa alma, pois foi através da aparência de pão que Ele quis permanecer conosco “todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).

   Ao contemplar magníficos trigais, quem poderia cogitar que um tão pequeno grão seria utilizado por Nosso Senhor para operar o mais fascinante milagre da História? Decerto, ao criar o trigo Deus tinha em vista a instituição da Sagrada Eucaristia, na qual o próprio Cristo Se dá aos homens em alimento. Ele é o pão vivo que nutre nosso espírito, dando-nos ânimo para enfrentar as grandes batalhas desta vida terrena, e só através d’Ele obtemos forças para sermos verdadeiros heróis da Fé.

   Quão incogitável é esta dádiva idealizada pelo Redentor! Que inteligência angélica ou humana poderia conceber tão elevado artifício para estar junto àqueles por quem amorosamente verteu todo seu Sangue? Esta prova de amor de Deus, “a ponto de dar-Se aos homens em alimento, supera qualquer capacidade de imaginação!”.1

   E sob uma singela forma de pão! Poderia Ele ter escolhido algum outro elemento da natureza, a qual Lhe é toda submissa: diamante, ouro, finos manjares, delicadas flores… Não! Quis o Rei dos reis servir-se do mais cotidiano e comum dos alimentos. Grande lição de humildade e despretensão!

   Saibamos, pois, aproximar-nos da Sagrada Mesa com o coração transido de devoção, unindo-nos Àquela que foi um sacrário vivo quando levou em seu claustro virginal o mesmo ­Jesus presente nas Sagradas Espécies. Que Ela transforme os nossos corações, acendendo neles as labaredas de adoração provindas de seu Imaculado Coração, e nos faça amantes ardorosos do Santíssimo Sacramento, iguaria divina que é penhor da vida eterna: “Este é o Pão que desceu do Céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste Pão viverá eternamente” (Jo 6, 58). (Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2017, n. 182, pp. 50)

1 CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Uma insuperável dádiva… In: O inédito sobre os Evangelhos. Città del Vaticano-São Paulo: LEV; Lumen Sapientiæ, 2013, v.I, p.437.

 
Comentários
Luciana Veloso - 05 de Agosto de 2019
Que nunca deixemos de receber a Eucaristia . Pão vivo que desceu do céu ! Amém
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gessi - 05 de Agosto de 2019
Como grande seu amor por nós!!! Amém!