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Espiritualidade


As obras do Altíssimo nunca fracassam
 
AUTOR: LORENA MELLO DA VEIGA LIMA
 
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Os corações dos fiéis se consternaram ao ver em chamas a Catedral de Notre-Dame. Mas tal pesar não sobrepujou a esperança: quando Deus permite algum desastre é porque fará nascer daí algo melhor.

Dr. Plinio Corrêa de Oliveira diante da Catedral na década de 1980

“Quando Eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a Mim” (Jo 12, 32). Essas palavras saídas dos lábios do Divino Mestre podem muito bem se aplicar à Catedral de Notre-Dame de Paris.

Desde que ela foi erguida, no período medieval, a altaneira construção nunca deixou de atrair a si peregrinos do mundo inteiro, desejosos de admirar sua grandeza e esplendor, além de venerar as preciosas relíquias para as quais serve de monumental escrínio.

Ante sua imponente fachada se detiveram, enlevadas, almas inocentes e generosas, sedentas de contemplar um sublime reflexo da glória de Deus nesta terra e que, sensíveis a tudo quanto diz respeito a essa mesma glória, ali choraram de emoção.

No decorrer dos séculos, ela assistiu ao vaivém de alegrias, tristezas, dramas e vitórias que compuseram a história da charmosa Paris, e em todos os momentos continuou convidando a quantos dela se aproximavam, cativados por sua beleza, a não fixarem os olhos nas coisas passageiras desta vida, mas elevarem-se ao Céu, para onde apontava sua elegante agulha.

Quer na penumbra da noite, quer banhada pelos raios do sol, a nobre catedral se apresentava como uma genuína flor da civilização, permitindo aos homens de hoje conhecer e se encantar com aquela primavera da Fé que a engendrou, e sonhar com os esplendores do Reino de Maria anunciado por tantos Santos e profetas.

Por tudo isso, os corações dos fiéis se consternaram ao ver o magnífico templo em chamas. Cientes, porém, da vitória definitiva de Cristo na Cruz, tal pesar não sobrepujou a esperança de contemplar em breve o surgimento de maravilhas ainda maiores. As obras do Altíssimo nunca fracassam: quando Ele permite algum desastre, é porque fará nascer daí algo melhor. Não foi acaso que de sua Paixão e Morte sobreveio a Ressurreição!

Quiçá a maior das lições que a venerável catedral deu ao mundo enquanto as chamas a consumiam tenha sido a de atrair mais uma vez para si o olhar dos homens, fazendo-os se elevarem até a Cruz.

Fachada sul da Catedral de Notre-Dame

Nesse trono de dor e de glória, o Cordeiro Imolado aguarda a chegada de almas corajosas que se levantem para extinguir o funesto incêndio de pecado e relativismo que grassa na nossa sociedade…

Deus quer ser servido por filhos que, fortificados pelo infalível e ilimitado poder da graça divina, não hesitem em desafiar o fogo e as nuvens negras de fumaça que nos cercam, mostrando que, em meio ao desmoronamento geral, há um refúgio seguro. Ele se encontra junto Àquela que Se manteve de pé no Calvário e que jamais abandonará a Santa Igreja! (Revista Arautos do Evangelho, Junho/2019, n. 210, p. 50-51)

 
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