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Espiritualidade


Beleza quase paradisíaca
 
AUTOR: IR. ALLANA NEVES COLATI, EP
 
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Algumas são suavemente rosadas, outras, intensamente rubras ou resplandecentes como o ouro. No conjunto elas compõem um dos mais belos espetáculos que nos oferece a natureza.

Dentre as distintas paisagens criadas por Deus e espalhadas pelo mundo, há algumas que nos enchem de admiração. Como não se encantar com as águas,  ora azuis, ora verdes, dos mares tropicais? Ou com o níveo manto que recobre as regiões mais frias do planeta? Mas quiçá seja o outono nos bosques do Hemisfério Norte um dos mais extraordinários espetáculos que a natureza nos pode oferecer.

Nesta estação do ano, a temperatura começa a descer, tornando o bosque mais calmo e silencioso. Aproxima-se o inverno, sempre rigoroso naquelas regiões, mas, paradoxalmente, a fascinante coloração que tomam as folhas das árvores nesta época reveste a paisagem com um manto de vitalidade.

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Elas têm diferentes formatos, tamanhos e tonalidades: algumas suavemente rosadas, outras, intensamente rubras ou resplandecentes como ouro. E compõem um lindo conjunto, que adquire cores muito variadas segundo o local, a perspectiva ou a iluminação do dia.

Tão maravilhosa cena, porém, não dura muito… Logo as folhas que irradiavam aquele glorioso esplendor são levadas ao léu por uma súbita rajada de vento ou secam e caem, para depois – como tudo na vida – desaparecerem.

Se no auge de sua magnificência uma dessas árvores, carregada de estupenda folhagem, fosse capaz de pensar, ao sentir uma brisa intensa e rápida a sacudir-lhe os ramos, poderia se perguntar:

– Será sinal da tempestade que se aproxima?

O vento frio, ainda suave, indica que a frágil vida das formosas folhinhas outonais está chegando ao fim… Em pouco tempo ele se transforma em uma forte ventania, que agita a árvore, sem interrupção, durante vários minutos.

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Inicia-se, então, a segunda etapa do espetáculo, que já não tem mais por cenário as alturas admiráveis dos galhos, mas o prosaico solo. Ali aquelas folhas de feéricas cores, desligadas do tronco que as alimentava e as mantinha com vida, ornam nobremente a grama, compondo sobre ela um tapete de singular colorido. Dir-se-ia que elas aproveitam seus últimos haustos de vida para concluir a missão que Deus lhes dera: irradiar, no fim de sua existência, uma forma de beleza quase paradisíaca que, sob certo aspecto, supera à da primavera. (Revista Arautos do Evangelho, Abril/2015, n. 160, pp. 50-51).

 
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