Artigos


Espiritualidade


Sob a maternal proteção de um xale lilás
 
AUTOR: ELIZABETE FÁTIMA TALARICO ASTORINO
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
0
0
 
Conhecida e admirada pela bondade que regeu sua existência terrena, Dona Lucilia tem ajudado com maternal afeto, após a morte, aqueles que procuram sua bondosa intercessão.

Ora uma mãe desesperada e preocupada com o comportamento de seu filho, ora um enfermo já desenganado pelos médicos, ora alguém necessitado de ajuda financeira… Dos mais diversos países chegam até nós, cooperadores dos Arautos do Evangelho, relatos de graças alcançadas por intermédio de Dona Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira, mãe de Dr. Plinio.

Conhecida e admirada pela bondade que regeu sua existência, e pela doçura com que acolhia os mais fracos e estropiados, esta caridosíssima senhora tem amparado “sob seu característico xale lilás” aqueles que invocam sua maternal proteção.

Vejamos alguns exemplos.

“Dona Lucilia, salva o meu marido!”

Grata por tantos benefícios obtidos pela intercessão de Dona Lucilia, Maria Cristina Martins, de São Paulo, não deixa de reconhecer o auxílio desta maternal dama: “Desejo muito
que essa senhora se torne uma santa reconhecida pela Igreja, porque distribui muitos dons a incontáveis pessoas, especialmente para as de pouca fé”.

E, no intuito de propagar os inúmeros favores recebidos, narra um importante episódio de sua vida, ocorrido no Cemitério da Consolação, onde à época trabalhava:

“Eu estava com meu marido, Adelino Pedro da Silva, enfeitando túmulos, quando uma outra florista adentrou o cemitério dizendo-me que estava com um demônio no corpo e iria me matar. Ela puxou uma arma de fogo calibre 32, mirou e atirou por três vezes. As balas não me atingiram.

“Nessa hora meu marido se lançou sobre ela, para tentar desarmá-la. Ela disse que atiraria nele, e realmente o fez. Uma bala o atingiu, e ele caiu no chão. Ele invocou Dona Lucilia, pedindo que não o deixasse morrer, e eu também rezei a ela: ‘Dona Lucilia, salva o meu marido!’

O próprio Adelino narra o acontecido nesse momento: “Por um milagre de Deus, eu trazia um crucifixo de madeira e a bala bateu e desviou pelo lado direito. Comecei a sentir muita dor, mas quase não saiu sangue, pois a hemorragia maior foi interna. Lembrei-me das vezes que fui levar flores para Dona Lucilia, e pedi: ‘Dona Lucilia, não me deixe morrer assim. Peço a sua intercessão
diante de Deus, porque a senhora é uma advogada junto a Ele. Eu não me animo a pedir diretamente, pois talvez Ele não me atenda. Mas pedindo com a sua intercessão, tenho mais força’.

“Fui internado na Santa Casa de Misericórdia e sempre me admiro por até hoje estar vivo. Dona Lucilia é uma verdadeira santa! Ela me salvou! Os médicos me operaram, mas não retiraram a bala porque viram que não havia problema. Graças a Deus tudo correu bem, e não demorou muito para o médico me dar alta. Tenho ainda a bala alojada em meu peito”.

Um desafio a Dona Lucilia

Querendo ajudar sua amiga Marinildes, que se encontrava com problemas financeiros e complicações de saúde, Patrícia Sampaio de Oliveira, de Salvador (BA), aconselhou-a a pedir a intercessão de Dona Lucilia:

“Ela era alérgica a quase tudo: milho, glúten, leite, vários produtos de limpeza, insetos… Passando um período em minha casa, pois estava desempregada, falei para ela pedir a Dona Lucilia para dar um jeito em sua vida… Para arranjar um emprego, melhorar a saúde, conseguir se aposentar… Mas, era em vão…

“Após inúmeras recomendações, ela resolveu fazer um desafio, pedindo um sinal: se realmente Dona Lucilia fosse ajudá-la, a primeira pessoa que encontrasse naquele dia deveria fazer uma menção a ela. Naquela situação, quem poderia fazer isso senão eu? Só que neste dia saí para o trabalho muito cedo e não me encontrei com Marinildes.

“Porém, trabalhava em minha casa uma outra senhora e, assim que esta chegou, minha amiga foi mostrar-lhe uns anéis de pedra. Ao ver um anel lilás, esta senhora exclamou: ‘A cor de Dona Lucilia!’

“A pobre levou um susto e pôs-se a chorar, pedindo perdão a Dona Lucilia por sua desconfiança. Desde então, minha amiga em tudo tem recorrido a ela. Suas alergias diminuíram noventa por cento, arrumou emprego e tem alcançado numerosos favores…”

“Sua mãe havia pedido para eu esperar”

Tempos mais tarde, já habituada a recorrer a Dona Lucilia, Marinildes pediu a ela ajuda para encontrar a carteira que tinha perdido, querendo inclusive um sinal claro de que seria atendida.

Dois dias depois, recebeu um telefonema de um desconhecido dizendo-lhe que estava com sua carteira e queria devolvê-la. Combinou então o local e o horário onde se encontrariam, mas ela acabou se atrasando mais ou menos uma hora.

Quando chegou ao lugar, deparou-se com um mendigo à sua espera, nervoso pelo tempo que ela o fizera aguardar. “Só não fui embora porque sua mãe havia pedido para eu esperar, e não se pode negar nada a uma senhora de mais de noventa anos”, disse-lhe o homem. Surpresa, Marinildes perguntou: 

— Minha mãe?!

Apontando para a foto de Dona Lucilia que estava na carteira, o mendigo respondeu:

— Sim, sim, sua mãe.

Após este fato, Marinildes pôde comprovar o quanto Dona Lucilia a tem acompanhado e atendido em suas necessidades, cuidando dela com especial carinho e proteção.,

Uma ovelha perdida que voltou a casa

Aura Elena Ramírez conta que estava preocupada com seu irmão que, obstinando-se a discordar dos ensinamentos e conselhos dados pela Santa Mãe Igreja, afastava-se cada vez mais da verdade e da graça. Então, resolveu fazer uma novena a Dona Lucilia, a fim de que ela resolvesse esse caso: “Pedi a ela que me ajudasse com meu irmão e que o adotasse como seu filho”.

Encontrando-se no quinto dia da novena, seu irmão lhe escreveu muito impressionado:

“Que incrível, hoje estou interiorizando a grande importância que tem a Igreja Católica instituída pelo próprio Jesus Cristo. Agora, sim, tenho mais claras as coisas e aceito a Religião Católica como a verdadeira, aos meus trinta e oito anos!”

Ela aproveitou a oportunidade para convidá-lo à Confissão, explicando-lhe toda a sua importância. Logo em seguida, enviou-lhe um exame de consciência e uma foto de Dona Lucilia, afirmando ter sido ela a benfeitora desta mudança repentina que o ajudou a despertar para a verdade. Incentivou-o também a rezar a ela:

“Peça diretamente a ela, já que é uma grande intercessora, defensora de nossas almas e mãe espiritual, pois com a ajuda dela você conseguirá dar o passo de viver o Sacramento da Confissão, para logo viver o Sacramento da Eucaristia”.

Pouco depois, no dia 22 de abril, data em que se comemora o aniversário natalício de Dona Lucilia, seu irmão escreveu-lhe novamente para dizer que era um homem novo: após muitos anos pôde confessar, receber a Comunhão e assistir à Santa Missa, sentindo um bem-estar que havia muito não experimentava.

Cheia de contentamento e alegria, Aura afirma: “Este grande milagre se deve à intercessão de Dona Lucilia, a quem sempre peço a perseverança de meu irmão, uma ovelha perdida que voltou a casa, graças a ela”.

“Fui curado por causa dela!”

Do longínquo Sri Lanka escreve-nos Avinash, aluno do Projeto Futuro e Vida, a fim de relatar uma graça que seu tio recebeu por intercessão de Dona Lucilia:

“Em abril passado, quando eu estava na casa dos Arautos, meu pai ligou contando que o meu tio Salomon Fernando tivera um ataque cardíaco e se encontrava às portas da morte. Quando ele disse isso, consolei-o afirmando: ‘Ele vai ser curado’.

“No dia seguinte soube da gravidade de seu estado de saúde e, ainda nesse dia, uma chamada urgente do hospital informava que ele tinha entrado em coma. Parti imediatamente para vê-lo, junto com o meu pai. Quando cheguei, ele estava em uma situação lamentável… Então me lembrei de Dona Lucilia e rezei a ela por sua cura.

“Eu tinha uma pequena foto de Dona Lucilia e perguntei à enfermeira se podia deixar perto dele, mas ela não permitiu. Esperei que ela deixasse o local e, assim que saiu, coloquei a foto sob o travesseiro e comecei a rezar a Dona Lucilia pela cura do meu tio.

“Dois dias depois, recebemos um novo telefonema pedindo para irmos ao hospital. Quando chegamos lá, para nossa surpresa o meu tio estava sentando e conversou comigo como uma pessoa normal. Só então me dei conta de que ele fora curado por causa de Dona Lucilia. Sem perguntar-lhe nada, ele próprio tomou a iniciativa de explicar.

“Na noite anterior, por volta das onze horas, enquanto ele ainda estava em coma, sentiu de repente uma força em seu corpo e foi capaz de mover as pernas e as mãos com facilidade. Quando balançou a cabeça, viu uma foto se desprender do travesseiro. Salomon a tomou nas mãos sem saber quem era e começou a fazer seus pedidos.

“Após dar essa explicação, ele exclamou: ‘Fui curado por causa dela!’ E dizia isso enquanto apontava para a foto.

“Meu pai conversou com o médico que acompanhou o caso do meu tio e este fez uma declaração que nos deixou atônitos: ‘Em meus quinze anos de experiência, vi nove pacientes nesse tipo de coma e todos eles morreram, exceto ele (Salomon)… É um milagre’.

“Meu tio conserva a foto e reza a Dona Lucilia. Narrei-lhe alguns fatos da vida dela que os irmãos tinham me contado. Sou testemunha desse milagre, que vi com os meus próprios olhos: ‘Senhora Dona Lucilia, mãe nossa, ajudai-nos’”.

“Sentimos a intervenção de Dona Lucilia em tudo”

Miguel Aravena Domich, de Santiago do Chile, recebeu a notícia de que sua esposa estava com um câncer já avançado, em estágio 4, além de um tumor no braço. Preocupado com o estado de saúde dela, foi aconselhado por um conhecido a pedir a intercessão de Dona Lucilia:

“Foi nesse momento de aflição e incerteza que um amigo de trabalho me deu uma foto de Dona Lucilia. Disse-me que ela havia sido uma senhora muito boa e piedosa, que sempre rezava pelos que lhe pediam orações. Comentou que, em vida, tinha se mostrado muito generosa com os mais necessitados”.

Chegando em sua residência, colocou a foto na sala de jantar, onde, juntamente com sua esposa, fez uma oração:

“Rezamos a ela para que nos ajudasse a enfrentar todos os sofrimentos e padecimentos do câncer, sem permitir que nos desesperássemos. E todas as noites, após cada procedimento, renovávamos os pedidos e o oferecimento a Dona Lucilia, o que nos dava muita paz e esperança”.

Tendo passado, sem maiores complicações, pelos procedimentos necessários para a retirada do câncer, sua esposa logo se recuperou. Pondo-se novamente diante da foto de Dona Lucilia, o casal agradeceu seu auxílio e proteção, fazendo um novo pedido: a graça de ter um filho, apesar dos impedimentos da idade e dos tratamentos realizados.

Procuraram um médico especialista para estudar a possibilidade, mas, após vários exames, receberam a notícia de que, devido aos antecedentes oncológicos, esse desejo tornava-se impossível. Abalados com o laudo médico, suplicaram o auxílio de Dona Lucilia:

Casal Adelino e Maria diante do túmulo de Dona Lucilia – São Paulo

“Sofremos muito com essa notícia e, ao sair da consulta, pedimos a Dona Lucilia que nos ajudasse mais uma vez, fazendo-nos aceitar as palavras do doutor e nos resignarmos com a vontade de Deus”.

Miguel e sua esposa, porém, não perderam a esperança, implorando a realização desse impossível: “Deixamos a foto de Dona Lucilia na sala de jantar e continuamos a rezar para que nos protegesse e nos permitisse sermos pais.

“Um ano e meio depois, minha esposa começou a sentir-se mal, reclamando de vários incômodos. Tememos ser o regresso do câncer em algum órgão e novamente pedimos a Dona Lucilia para aceitar a vontade de Deus.

“Fomos a um médico que a mandou realizar vários exames. Resultado: não era um novo câncer, mas uma gravidez avançada, de três meses de gestação. Saímos emocionados e agradecidos pelo  milagre de Dona Lucilia conseguir de Deus este fruto. Para quem reza e confia, nada é impossível. Realmente esta senhora atendeu os nossos pedidos. Nossa filha Ana Gracia Lucilia Aravena Fiallos nasceu radiante, saudável e forte”. 

Cheio de contentamento, afirma o casal: “Em nosso matrimônio sentimos a intervenção e a ajuda de Dona Lucilia em tudo”.

Assim, essa dama brasileira, que soube demonstrar em toda a sua existência terrena um sobrenatural senso de compaixão, não podendo ver alguém entristecido ou magoado ainda que se tratasse de um desconhecido, tem marcado após sua morte a vida de muitos devotos com especiais episódios de proteção e auxílio. (Revista Arautos do Evangelho, Novembro/2019, n. 215, p. 36 a 39).

 
Comentários