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Plinio Corrêa de Oliveira


Decisão na adolescência
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 22/07/2019
 
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Em 12 de dezembro de 1920, na solene distribuição anual de prêmios no Colégio São Luís, o menino Plinio recebia quatro medalhas de ouro: pelo primeiro lugar em Comportamento e Aplicação, Religião, Francês e Inglês; além disso, menção honrosa em Português e em Latim. No dia seguinte ele faria 12 anos de idade.

Essa data de tanta alegria foi marcada por uma tragédia que o levou a profundas reflexões e o fez crescer em virtude.

Décadas depois, Dr. Plinio recordaria como, naquela ocasião, encontrava-se na luta comum da adolescência para proteger sua castidade, e um dos pensamentos que mais o ajudavam era o de que, se não lutasse, seu destino poderia ser o Inferno. O triste fato que se passou mostrou-lhe de maneira muito viva esse perigo. Ouçamo-lo narrar:

“Eu estava no jardim, quando vi mamãe descer as escadas e dirigir-se para mim com olhar de piedade, com mostras de querer agradar-me especialmente. Disse-me com muita pena:

— Meu filho, você vai passar por uma situação que ainda não conhece. Lembra-se do Carlos Eduardo? (Era um colega de colégio e amigo.) Ele está mal à morte.

— Mas o que lhe aconteceu?

Acima, o jovem Plinio e alguns dos prêmios que ganhou no Colégio São Luís

— Estava brincando com uns primos. Um deles brigou com ele e furou-lhe um olho com uma tesourinha. A ferida produziu uma infecção horrível, e os médicos dão-no  como perdido. Esta é a primeira vez que morre uma pessoa de um círculo de relação mais próxima de você. É preciso que se prepare para isso.

Embora ela me falasse com muita bondade, senti a proximidade da morte. E me veio esta ideia: ‘E você? A qualquer hora pode também levar uma tesourada em cada olho. O que lhe acontecerá? Ô, ô, ô… morrer?!… e ir parar no terrível Inferno dos poltrões… Para evitar essa desgraça irremediável, tenho de carregar a imensidade da minha fraqueza, dobrar-me, ser forte, lutar, ser um herói… Contudo, forças, eu não tenho. A saída é recorrer a Nossa Senhora’.” (Revista Dr. Plinio, Dezembro/2002, n. 57, pp. 5).

 
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