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Plinio Corrêa de Oliveira


Há 70 anos: diretor do “Legionário”
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 18/07/2019
 
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Dr. Plinio em 1933

Em agosto de 1933, na festa da Transfiguração do Senhor, saía do prelo o primeiro número do “Legionário” sob a direção de Dr. Plinio, recém-eleito deputado constituinte pela Liga Eleitoral Católica. Até então, aquele jornal era apenas o quinzenário da Congregação Mariana da Paróquia de Santa Cecília, em São Paulo. Dr. Plinio o transformará em semanário e órgão oficioso da Arquidiocese paulistana. Este processo de ampliação do “Legionário”, tanto de temas como de horizontes, foi descrito nas edições de abril e maio de nossa Revista.

Neste primeiro número sob sua direção, escreveu Dr. Plinio um artigo intitulado “É necessário”:

É necessário que a restauração moral tenha como ponto de partida a restauração religiosa, e que os brasileiros, em lugar de reformarem sua Pátria somente a golpes de decretos ou de baionetas, se preocupem em retemperar seus caracteres e suas energias na prática séria da religião católica.

A mocidade mariana, pois, precisa entrar decididamente na arena das lutas em que se jogam os destinos da Nação. É necessário que tenha um órgão que lhe sirva de porta-voz, e em que, denodadamente, saiba externar o ponto de vista da juventude católica em todos os acontecimentos que se desenrolarem, pois que o pleito de 3 de maio provou a sua força, e esta força precisa ser ouvida.

O afastamento em que o elemento católico tem vivido em relação às questões de interesse coletivo poderá destoar, talvez, desta nova orientação. O terreno está atulhado de preconceitos infundados e de obstáculos de todo o gênero. 

Não conhecemos, porém, obstáculos intransponíveis no caminho do dever. Já se fez a Liga Eleitoral Católica. É necessário, agora, que a opinião católica seja orientada e formada de acordo com princípios às vezes pouco conhecidos pelo público.

É necessário que a mocidade mariana, vanguarda das coortes católicas, faça sentir a todos que a era da indiferença e da neutralidade já passou.

É necessário que a mocidade mariana não permita mais que os grandes problemas da reconstrução nacional continuem a ser debatidos e resolvidos — como até há pouco — à revelia da Igreja. […]

É necessário que a muralha de aparente ignorância dos princípios católicos, constantemente ostentada por certos elementos, seja destruída pela onda mariana que avança.

É necessário, enfim, que, contra os defensores de todos os erros, os paladinos de todas as corrupções, os advogados de todos os sofismas, a mocidade mariana empunhe o estandarte imaculado da Cruz, constituindo-se, como contrapeso, em defensora de todas as verdades, paladina de todas as virtudes e advogada de todas as causas justas.

E, para vencer os obstáculos que se lhe oporão, para destruir as resistências que lhe queiram embaraçar o passo, para fazer face às objeções que seu acometimento suscite, ela responderá singelamente que não desfalecerá em seu empreendimento, porque para a Igreja ela é necessária. (Revista Dr. Plinio, Agosto/2003, n. 65, p. 5).

 
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