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Plinio Corrêa de Oliveira


Maio de 1940: Eucaristia, pão dos fortes
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 08/08/2019
 
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Dr. Plinio discursa durante um Congresso Eucarístico, em 1941

Em maio, de 1940, realizou-se o Congresso Eucarístico de Rio Preto. Dr. Plinio foi convidado a desenvolver o tema “A Juventude e a Eucaristia”, na mais solene sessão desse evento. O jornal paulistano “O Estado de S. Paulo” publicou em sua edição de 12 de junho excertos dessa conferência.

Muito freqüentemente se ouve censurar a doutrina católica por ser demasiadamente austera, exigindo do homem uma força que sua natureza não possui. Não percebem, os que fazem tais criticas, que estão fazendo o mais magnífico dos elogios. Realmente, prejudicado a fundo pelas conseqüências do pecado original, o homem pratica com relutância a maior parte das virtudes e essa relutância cresce tanto de ponto que a vontade humana seria incapaz de praticar de modo durável a totalidade dos Mandamentos de Deus. Neste sentido pois, se considerássemos somente a natureza, indubitavelmente, se deveria dizer que ela é incapaz de se alçar ao nível moral estabelecido pela Lei de Deus. (…)

Mas por isto Deus dá ao homem o auxílio sobrenatural da graça, que ilumina a sua inteligência e fortifica a sua vontade, de forma a torná-lo apto a perceber as verdades necessárias à salvação e praticar as virtudes impostas pelo Criador. (…)

Mas esta graça, cuja vida maravilhosa Deus franqueia aos fiéis por meio do Batismo; esta graça inestimável perto da qual, segundo a expressão do Apóstolo, todo ouro e prata do mundo não são senão lama; esta graça de que todos os sacramentos são veículos certos e eficazes e que a correspondência de nossa vontade deve valorizar; esta graça toca o coração humano com uma suavidade toda especial, quando medita sobre a Sagrada Eucaristia.

À Sagrada Eucaristia chama a Igreja de Pão dos Anjos, Pão dos fortes, Vinho sagrado que gera Virgens! Estas afirmações são muito mais do que simples figuras literárias. O Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo são verdadeiramente um alimento, e a alma que não beber esse Sangue e não comer esse Corpo não poderá ter a vida da graça. Pão dos Anjos, é a Eucaristia o pão sobrenatural que dá à inteligência humana aquela limpidez necessária para discernir todas as verdades que interessam à salvação. Ela é que nos preserva do erro, nos imuniza contra a heresia, e faz brotar em nós aquele senso católico – “sensus Christi” – que o imortal Pio XI chamava a alma da alma cristã.

Vinho que gera as virgens, pode-se dizer que, realmente, onde está o Sangue de Cristo, ai há almas virgens. Nenhum alimento é melhor, nenhum meio é mais seguro, nenhum recurso é mais infalível do que a Sagrada Eucaristia, para despertar na alma aquelas virtudes delicadíssimas de que a castidade é como que a cúpula e o coroamento.

Oh! a castidade e a Eucaristia! O que se poderia dizer sobre este tema! E como tudo o que se dissesse ficaria abaixo daquela realidade que as almas verdadeiramente castas e verdadeiramente eucarísticas sabem discernir! (…)(Revista Dr. Plinio, Maio/2003, n. 62, p. 5).

 
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