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Rei Canuto, um soberano fiel - Data: 18 de Janeiro 2022
 
 
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"Por que os povos agitados se revoltam? Por que tramam as nações projetos vãos? Por que os reis de toda a terra se reúnem, e conspiram os governos todos juntos contra o Deus onipotente e o seu Ungido?"

Num tempo de decepções políticas, a festa do Rei Canuto nos vem lembrar que o homem santo procura exercer suas funções na perfeição, não importa onde esteja.

São Canuto IV foi rei da Dinamarca, e seu reinado foi marcado por muitas traições e falta de honestidade, tanto de seus familiares como de seus mais chegados na Corte. Embora tal mal tenha vindo a ser sua ruína, hoje me limitarei a comentar suas obras quando aclamado pelo povo como rei vitorioso.

Para ler o post que conta a vida toda de São Canuto, clique aqui.

Vida de santidade refletida em obras no reinado

O historiador comenta: “São Canuto dedicou-se imediatamente a fazer reflorescer as leis e a justiça no seu reino, e a restabelecer a antiga disciplina, desleixada por toda parte em virtude da insolência e das proezas dos grandes.

Emitiu severos, mas santos regulamentos, sem que a proximidade do sangue, nem a amizade, nem qualquer outra consideração de qualquer espécie pudesse arrancar-lhe a impunidade do crime e da desordem. Sempre fez tudo com bastante prudência e equidade.

Sendo o seu principal objetivo a glória de Deus e o interesse da Igreja, concedeu várias graças aos que eram ministros do Todo-poderoso no seu reino. E visto que a gente grosseira e rústica pouco habituada estava a prestar aos Bispos o respeito devido, e não podendo Canuto admitir que fossem tratados como homens comuns, ordenou, por expressa declaração, que precederiam os duques e teriam o posto de príncipes no estado, a fim de lhes dar autoridade e, com tais honras, elevá-los.

Isentou até os eclesiásticos da jurisdição secular, querendo que somente devessem obediência aos seus Bispos. Envidou, outrossim, tudo quanto lhe foi possível para habituar o povo a pagar os dízimos à Igreja, mas não teve êxito”.

Tal era a devoção e o encanto de São Canuto pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

A liberalidade e a sinceridade precediam o Rei Canuto

“Foi verdadeiramente de magnificência real na construção e fundação de igrejas em numerosos lugares, e senhor de grande liberalidade ao orná-las e enriquecê-las. Chegou até a dar à de Rothschild, capital do reino, a coroa que usava nas grandes solenidades, e que era valiosíssima.

Era tamanha a sua caridade em tais questões que, para livrar os súditos do incômodo que lhes causava a excessiva despesa dos seus jovens irmãos, incumbiu-se do sustento deles e deixou somente a Olaf a província de Slesvic, como que em apanágio”.

Um soberano que procurava não beneficiar sua família! Coisa rara na modernidade. O Rei Canuto sabia que, estando no topo da sociedade, precisava dar exemplo de generosidade e despretensão. O povo o escolheu povo para conduzi-lo a uma civilização melhor, e ele não media esforços para isso.

Morte e celebração de sua memória

São Canuto foi, apesar dos benefícios que concedeu ao seus, atacado por uma facção que ia contra seus decretos reais. Sabendo que não havia escapatória da Igreja onde estava, e não querendo ele lutar contra seu próprio rebanho, concentrou-se nas riquezas celestes.

Deixando a balbúrdia do atentado desonesto, confessou-se ali mesmo e ficou diante do Santíssima Sacramento em oração, até que o ferro fatal, por suas costas, o ferisse de morte. Mas sua santidade foi logo reconhecida por sua nação inconstante:

“Os descendentes reconheceram a santidade do rei Canuto por um culto público prestado à sua memória. Ergueram altares e igrejas em honra de São Canuto e estabeleceram as festas em 10 de julho, dia da sua morte, e em 19 de abril, dia da sua translação".

Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume II, p. 26 à 33
 
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