Fale conosco
 
 
Receba nossos boletins
 
 
 
Artigos


Artigos


São Josafá, bispo e mártir - Data: 11 de Novembro 2021
 
 
Decrease Increase
Texto
Solo lectura
1
0
 
Buscar por dia

Navegue no Calendário Litúrgico ao lado e saiba mais sobre os santos de cada dia.
 
Escolha o santo deste dia
Os esforços de união de São Josafá eram para cumprir a vontade de Cristo: “haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10, 11)

São Josafá nasceu numa região que hoje consideramos da nação da Ucrânia. Sua vida, como narram os testemunhos, foi feita de luta pela união.

Seu desejo não era a união terrestre, o conglomerado de cidades ou ainda a supremacia de um chefe político. Isso pouco lhe tocava, pouco lhe concernia. Os seus esforços de união eram para cumprir a vontade de Cristo: “ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor”. (Jo 10, 11)

Vida de São Josafá

São Josafá viu a luz em 1580. Sua família era ortodoxa, ou seja, dos cristãos russos que tinham, há muitos anos, rompido com a Igreja Católica, não reconhecendo a autoridade suprema do Santo Padre, o Papa.

A ilusão dos ortodoxos era de evangelizar o povo, mesmo estando separados da verdadeira Igreja, a instituição de Cristo. Mas como alimentar o ramo com a seiva que vem da raiz se esse galho se desprendeu da árvore? O único destino dos desertores era secar e virar obstáculo àqueles que passam pelo caminho.

O santo ucraniano viu isso. Não só percebeu a sequidão da igreja ortodoxa, mas como viu a vida que florescia no culto verdadeiro. Já adulto, sagrado bispo de Polotsk, voltou a seio da Igreja verdadeira, tornando-se Católico Apostólico Romano.

Aos cristãos ortodoxos que voltavam à Mãe Igreja, dizia-se que pertenciam à Igreja uniatas. Um termo apenas para diferenciá-los de seus conterrâneos cismáticos, perdidos em suas ideias e tradições.

São Josafá, porém, não se contentou apenas com sua conversão, queria mais: começou uma reforma nos mosteiros da cidade. Aqueles que tinham bom coração, vendo o fervor e o trabalho do bispo, encontraram em seu exemplo à verdade, convertendo-se também e assumindo a real fé.

Tanto foram as conversões que São Josafá fundou ainda outros mosteiros e conventos nas regiões em torno de Polotsk.

Martírio do glorioso santo

Com um trabalho impressionante de pastor e cuidador das ovelhas, não tardou para a inveja nascer no coração dos homens. Ah, infelizes! Vendo a autoridade do ensino, a força de vontade, o brilho da fé do bispo Josafá, partiram para o pior dos atos: assassinato.

No dia 12 de novembro de 1623, tendo celebrado os sagrados mistérios em um templo que ele próprio havia fundado, em Vitebsk, na Bielorrússia, São Josafá foi cercado por ímpios e loucos. Estes mataram toda sua comitiva, sem piedade.

Josafá, então, de coração cheio, bradou: “por que estão matando os meus se querem a mim?” Sua coragem, sua caridade em se pôr em linha de morte na frente dos seus queridos só feriu ainda mais os orgulhosos: era preciso destrui-lo.

Caíram em cima do bispo com ferocidade, espancando-o e o matando. Foi um triste dia para a Santa Igreja. Com indiferença, jogaram seu corpo num rio próximo. Mas os devotos que souberam do fato não perderam tempo: recuperaram seu corpo com veneração e procuraram prender os meliantes que tinham cometido o crime.

São Josafá, já na glória celeste, proporcionou aos criminosos a maior das honras: o arrependimento. Foram punidos, sim, mas já convertidos, mostraram sua boa-vontade em aceitar o castigo.

Declarado santo por Pio IX, em 1876, São Josafá representa hoje, a nós, tão distantes dos conflitos cismáticos, que não há coisa mais importante que estar sob a sombra do Papa, pois foi assim que Cristo quis: “Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Cf. https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-josafa-kuncewicz/187/102/
 
Comentários