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A importância de ensinar a Verdade
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 06/12/2019
 
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Estados Unidos – Phoenix (Sexta-feira, 06-12-2019, Gaudium Press) Depois de apresentar a importância dos atributos transcendentais (a Verdade, a Bondade e a Beleza) como marcas de Deus na criação, o Bispo de Phoenix, Estados Unidos, Dom Thomas Olmsted, escreveu um segundo artigo, desta vez para analisar a Verdade. Este atributo tem um valor especial para os fiéis, devido a que Cristo o identificou consigo mesmo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

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“Os homens e as mulheres tem uma fome insaciável de verdade; desejam respostas e sentido na vida. Fomos criados para a verdade porque fomos feitos à imagem de Deus”, explicou o Bispo. “Por nossa própria natureza como pessoas humanas somos ordenados para a verdade, temos fome de verdade e temos a obrigação moral de buscá-la”. Mas apesar de ser uma necessidade humana universal, nem todos têm capacidade de reconhecê-la.

Para poder definir este conceito, Dom Olmsted citou São Tomás de Aquino em sua Suma Teológica: “A verdade é a conformidade do intelecto à realidade, seja do mundo físico ou espiritual”. Esta definição reconhece a existência de uma realidade objetiva, que “existe independentemente de nosso conhecimento ou opinião da mesma”, segundo explicou o Bispo.

Um mundo que se distancia da Verdade

O prelado lamentou que na atualidade muitas pessoas “tem dificuldades para aceitar um conceito elementar de verdade” e se qualifica a verdade como uma suposta construção social. “Reclamar a verdade absoluta, uma que todo o mundo deve crer e seguir, é considerado por muitos hoje em dia como imoral porque isto seria impôr a própria crença sobre os demais. Aos poucos se cataloga como intolerância e prejuízo contra o que outros pensam”.

“Reclamar a verdade absoluta, uma que todo mundo deve crer e seguir, é considerado por muitos hoje em dia como imoral porque isto seria impôr a própria crença sobre os demais. Aos poucos se cataloga como intolerância e prejuízo contra o que outros pensam”.

“Houve um tempo em que as pessoas tinham um conjunto compartilhado de crenças em Deus e no que Ele ensina e espera. Em uma cultura pluralista, o Direito Natural era a base essencial a partir da qual podíamos construir pontos em comum”, expôs Dom Olmsted. “Na sociedade contemporânea, o Direito Natural se reduz comumente a um não fator, o que resulta em um passo para trás da realidade, quer dizer, um passo para trás do mundo criado por Deus e uma retirada dentro da mente de cada um, que resulta em perder o contato com a realidade por completo”. Esta perspectiva justifica numerosos desvios e tergiversações que derivam em crimes como o aborto. “Isto é o que sucede quando nos distanciamos da realidade e buscamos a verdade em nossa própria mente ao invés de na criação e revelação de Deus”.

A grave consequência desta atitude é exposta por São Paulo na Carta aos Romanos, quando condena aos homens que “por sua injustiça retêm prisioneira a verdade”. O Apóstolo alerta sobre o castigo de Deus, que os abandona aos desejos de seu coração, “já que substituíram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo as criaturas no lugar do Criador, que é bendito eternamente”.

“Esta confusa noção da realidade chamada relativismo está no coração da crise que ameaça a cultura popular hoje em dia”, indicou o prelado após citar o texto de São Paulo. “O relativismo muda o foco da realidade ao sujeito individual. E como as pessoas têm diferentes percepções, a verdade se considera relativa. No entanto, isto só pode conduzir a uma ‘ditadura’ de opiniões porque quando já não podemos apoiar-nos na realidade e na razão para provar nosso argumento, ficamos discutindo e lutando pelo poder, o que resulta em caos e inclusive violência”.

O triunfo da Verdade

Este panorama desolador contrasta com a verdade encontrada no próprio Cristo. “O próprio Jesus é a verdade, uma verdade que vem de fora do mundo, mas que dá sentido ao mundo, uma verdade absoluta e imutável, mas que se transforma para melhor a quem tocar”, ensinou o Bispo. “Quanto mais buscamos a Verdade e quanto mais cedo nos conformamos à Sua santa vontade, seja expressa nas leis imutáveis da natureza ou na Sagrada Escritura revelada, mais rapidamente encontraremos significado, felicidade e realização pela qual fomos criados”.

“Portanto, quanto mais conhecemos ao Senhor, mais conhecemos a verdade; porque a verdade não é simplesmente um conjunto de fatos, mas um relacionamento pessoal com Deus”, acrescentou Dom Olmsted. “Diferente do relativismo que constrói sua casa na areia das opiniões subjetivas, Cristo nos chama a edificar nossas vidas sobre Ele”. Embora a sociedade de hoje busque exercer o poder como a única verdade, não há poder maior do que a verdade encontrada em Jesus Cristo, capaz de sobreviver à opressão e perseguição das maiores potências humanas. “A verdade tem seu próprio poder, um poder que nenhum mal vencerá. Santo Agostinho descreveu a verdade como um leão; solte-o, disse, e se defenderá”, concluiu o prelado. “Jesus encarna a esperança do triunfo final da verdade”. (EPC)

 

 
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