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Ameaçada a Presença de Cristãos no Iraque
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 07/07/2020
 
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Além das perseguições, violências e assassinatos do ISIS, em quatro anos, a emigração cristã forçada pode reduzir de 80% a população cristã no Iraque.

Além das perseguições, violências e assassinatos do ISIS, em quatro anos, a emigração cristã forçada pode reduzir de 80% a população cristã no Iraque.

Redação (07/07/2020 14:07, Gaudium Press) “A vida depois do ISIS: novos desafios para os cristãos no Iraque”, é o título do Relatório Anual distribuído pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) relativo a 2020.

O estudo examina as ameaças atualmente enfrentadas pelos cristãos iraquianos que retornam às suas casas na Planície de Nínive após a dramática perseguição de 2014, reconhecida internacionalmente como sendo um genocídio.

Discriminação religiosa: uma constante

A discriminação religiosa e a falta de segurança são as principais causas da emigração forçada no Iraque, diz o Relatório de 2020.

Segundo 69% dos cristãos entrevistados, essa é a principal causa de uma possível migração forçada. Dentre eles, 24% asseguram que “as famílias sofreram os efeitos negativos da atividade de uma milícia ou de outros grupos hostis” e acrescentam que o assédio e a intimidação, geralmente relacionados à solicitação de dinheiro, representam as formas mais comuns de hostilidade.

70% dos cristãos asseguram que, além da falta de segurança, do desemprego e ameaças, a perseguição e descriminação religiosa é uma motivação importante para a fuga de cristãos.

A ameaça do Estado Islâmico

Ao apontar no Relatório 2020 que a atividade violenta das milícias locais e a possibilidade de um retorno do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS) como sendo as principais causas do medo entre os cristãos, a AIS comenta:

“Se a comunidade internacional não intervir imediatamente, a emigração forçada, dentro de quatro anos, poderá reduzir a população cristã em 80% em comparação com o êxodo anterior à agressão do ISIS”.

De acordo com o documento, em tal situação a comunidade cristã local passaria da categoria “vulnerável” para a categoria crítica “em risco de extinção”, especialmente quando quase 100% dos cristãos na área sentem uma marcante falta de segurança.

O perigo que ronda a África

A Fundação Pontifícia relatou recentemente um aumento na perseguição na África: somente na Nigéria mais de mil cristãos foram mortos em 2019.
Além das mortes de nigerianos, tem-se que acrescentar as vítimas dessa perseguição religiosa também em outros países.

Bispos africanos denunciaram a realização de sérios ataques em Camarões perpetrados por militantes da extremista organização islâmica Boko Haram: “Meu local de nascimento, a cidade de Blablim, não existe mais”, disse o bispo de Yaouga, Dom Barthélemy Yaouda Hourgo que recordou ainda que “Os terroristas assassinaram um jovem da minha família e devastaram totalmente a vila inteira”.

“No momento ataques de grupos militantes islâmicos como Boko Haram e Al Shabab lançam uma sombra terrível sobre a Igreja em países como Nigéria, Camarões, Chade, Quênia e Somália” e é importante, mais do que nunca ajudar nossos irmãos e irmãs que passam por esse sofrimento, disse Neville Kyrke-Smith, diretor nacional da AIS, no Reino Unido.

(JSG)

 
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