China – Hebei (Quarta-feira, 24-04-2019, Gaudium Press) As imagens e monumentos em honra aos 120 mártires chineses canonizados por São João Paulo II no ano 2000 são o novo alvo das autoridades da província chinesa de Hebei. Segundo denúncias da revista ‘Bitter Winter’, o regime comunista está demolindo e retirando sistematicamente as imagens dos Mártires que constituem um exemplo de fidelidade a Cristo em meio da perseguição, um modelo perigoso para aqueles que atentam contra a liberdade religiosa na atualidade.

As primeiras imagens a serem retiradas foram as do templo católico do povoado de Dongxihetou, na Diocese de Hengshui, em outubro de 2018. Os funcionários ameaçaram levar presos os fiéis que contribuíram com o custo da elaboração das imagens de São Paulus Wu Anju, São Johannes Baptista Wu Mantang e São Paulus Wu Wanshu. A própria comunidade teve que contratar uma grua para retirá-las.

O fato pode passar desapercebido em meio de uma longa campanha de demolições de símbolos religiosos, mas de maneira quase simultânea um templo registrado na Associação Patriótica Católica (órgão oficialista de controle sobre a Igreja) recebeu a ordem de desmantelar as imagens dos Mártires São Modeste Andlauer e São Rémy Isoré.

Segundo os católicos locais contatados pela revista, o partido comunista chinês estaria interessado em eliminar a memória dos Mártires, que deram sua vida por volta do ano 1900 por constituir uma recordação constante de outros muitos mártires atuais que deram sua vida sob a ditadura comunista. Os Mártires continuam sendo fonte de inspiração para os fiéis que suportam uma grave situação de vulnerações à liberdade religiosa e uma marcada divisão a causa da intervenção das autoridades na vida da Igreja. (EPC)