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Estudo reconhece papel fundamental da Igreja Católica na transformação cultural do Ocidente
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 21/11/2019
 
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Cambridge (Quinta-feira, 21-11-2019, Gaudium Press) Um estudo publicado pela revista ‘Science’ que reuniu especialistas das universidades George Mason, Harvard e o Canadian Institute for Advanced Research, reconheceu o papel fundamental da Igreja Católica na transformação cultural do Ocidente. Em particular, o estudo propõem que as normas da Igreja sobre a constituição das famílias criaram características que identificam as povoações classificadas como ocidentais, educadas, industrializadas, ricas e democráticas.

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Segundo os autores, os membros deste tipo de povoações “tendem a ser mais individualistas, independentes e impessoalmente pró-sociais” com qualidades como a capacidade de confiar em estranhos. Estas características já foram objeto de estudos anteriores e estariam suficientemente provadas, mas se apresenta uma ausência de explicações sobre suas causas. Os pesquisadores buscaram a raiz destas características e a identificaram na influência da Igreja Católica e sua influência nas bases da sociedade: a maneira como afetou as relações baseadas no parentesco.

“Com as origens da agricultura, a evolução cultural favoreceu cada vez mais as normas intensivas de parentesco relacionadas com o matrimônio de primos, os clãs e a co-residência que fomentaram a tensão social, a interdependência e a cooperação em grupo”, relataram os pesquisadores. Este tipo de relações fomentam a conformidade, obediência e lealdade ao grupo, mas foram objeto de uma proibição expressa da Igreja, a qual não admitiu o matrimônio entre primos. Isto gerou famílias nucleares mais independentes e relativamente isoladas que propiciaram as características identificadas anteriormente.

“A nível mundial, mostramos que os países com maior exposição histórica à Igreja ocidental medieval ou parentesco menos intensivo (por exemplo, taxas mais baixas de matrimônio de primos) são mais individualistas e independentes, menos conformes e obedientes, e mais inclinados até a confiança e a cooperação com estranhos”, reportaram os pesquisadores. “Centrando-nos na Europa, onde comparamos regiões dentro dos países, mostramos que uma maior exposição à Igreja ocidental se associa com um parentesco menos intenso, um maior individualismo, menos conformidade e mais justiça e confiança aos estranhos”.

Apesar deste estudo tocar apenas um aspecto da inegável identificação das raízes cristãs da Europa como um dos pilares da cultura ocidental que teve uma marcante influência sobre o resto do mundo, se reconhece especificamente o papel da Igreja Católica Romana na formação da cultura. Os pesquisadores asseguram ter comprovado sua tese com dados sobre 24 resultados psicológicos com medidas históricas de exposição à Igreja e parentesco. (EPC)

 
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