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Portugal: Bragança recebe mosteiro contemplativo de monjas trapistas
 
PUBLICADO POR ARAUTOS - 21/06/2019
 
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Bragança – Portugal (Sexta-feira, 21-06-2019, Gaudium Press) O início das obras da Casa de Acolhimento do Mosteiro Trapista, em Palaçoulo, deverá ser um dia de festa para a Diocese de Bragança-Miranda.

Portugal Bragança recebe mosteiro contemplativo de monjas trapistas.jpg

Dom José Cordeiro, Bispo Diocesano, na entrevista semanal conjunta Ecclesia-Renascença, vê o fato como sendo o surgimento de um polo de desenvolvimento espiritual na Diocese de Bragança-Miranda.

Palaçoulo vai viver uma festa na segunda-feira com a bênção e início das obras do mosteiro trapista.

“Nesta velha Europa, sobretudo num interior tão profundo como é o nordeste transmontano, a Diocese de Bragança-Miranda, é um novo desafio, mas é também este sinal luminoso de esperança”, afirma Dom José Cordeiro, na entrevista.

Cerimônia

A cerimônia em Palaçoulo, Miranda do Douro, começa às 15h00 com a celebração Eucaristia na igreja matriz da Paróquia de São Miguel;
às 16h00 acontece a bênção no começo da obra da Casa de Acolhimento do Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, comunidade de monjas trapistas, da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália.

Dom José Cordeiro fala dos trapistas

“Ao longo da história da Igreja, todos os mosteiros foram fatores de desenvolvimento integral, cultural, espiritual”, diz Dom Cordeiro.

O bispo de Bragança-Miranda fala num “sonho de Deus”, cujo anúncio oficial aconteceu em outubro de 2017, após vários contatos, na única diocese da Península Ibérica que tem como padroeiro São Bento, continuando assim a tradição beneditina no território transmontano.

Vida Interior e Centralidade

“Esta centralidade do Interior também vem por aqui, não só do Interior, mas da interioridade. Porque é este olhar contemplativo, a partir de Palaçoulo, como este oásis de paz, de luz, nessa grande corrente da Regra de São Bento, não apenas para a Diocese de Bragança-Miranda, mas para toda a Igreja presente em Portugal e no resto do mundo”, aponta o entrevistado.

O bispo de Bragança-Miranda destaca a importância religiosa, cultural e até econômica desta iniciativa, esperando que a presença das monjas contribua para um previsível aumento de visitantes, atraídos pela espiritualidade trapista, centrada na oração e no trabalho das religiosas.

Vida das Monjas

“As irmãs já têm algumas indicações, seja na produção de mel, de compotas, até da ‘pasta’ italiana.
O próprio trabalho dá sustentabilidade à comunidade e também à própria casa de acolhimento, que é esta primeira fase”, indica.
25 famílias deram apoio a este projeto, que terá capacidade para acolher cerca de 40 pessoas.

“A paróquia de São Miguel já tinha um terreno, elas precisavam de, por volta de 20 hectares; depois, o pároco e a paróquia mobilizaram-se, as pessoas também, e aí aconteceu o grande milagre de trocas, de permutas, de vendas e conseguiu-se perto de 30 hectares, como está hoje”, recorda Dom José Cordeiro.

As monjas e a Obra

As primeiras 10 monjas vivem na Itália, já com a organização interna de uma comunidade monástica.

A obra será inteiramente suportada pelos fundos próprios da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, que conta já com centenas de mosteiros em todo o mundo.

A Ordem Cirterciense da Estrita Observância, também conhecida como Trapista devido à sua origem estar na região francesa de La Trappe, é uma ordem religiosa católica contemplativa composta por mosteiros de monjes e mosteiros de monjas.

Esta congregação faz parte da família Cirterciense fundada em 1098, e vive de acordo com a regra de S. Bento, fazendo assim parte também da família beneditina.

(JSG)

 

 
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