Colombo – Sri Lanka (Terça-feira, 18-06-2019, Gaudium Press) Há dois meses orquestrados atentados contra cristãos abalaram e espalharam pânico no Sri Lanka.
Era 21 de abril, domingo de Páscoa quando o ódio religioso falou mais alto e atentados foram feitos contra três igrejas cristãs e hotéis em Colombo: 300 pessoas morreram e 500 ficaram feridas e muita gente tem medo de ir a uma Igreja.
De acordo com a ACI, Veronique Voguel, que pertence a uma organização católica, viajou foi até o Sri Lanka para informar e conhecer pessoalmente a situação em que vivem os cristãos na ilha.
“As medidas de segurança em todo o Sri Lanka foram muito grandes durante a nossa visita; as forças de segurança e os militares estavam presentes em todos os lugares. Particularmente, a população cristã ainda tem medo.
Sabe-se que no Domingo de Páscoa, havia mais pessoas envolvidas nos atentados do que aquelas que foram investigadas e presas posteriormente.
Deste modo, todo mundo sabe exatamente: em algum lugar ainda há pessoas muito perigosas em liberdade, que poderiam atacar novamente a qualquer momento”, disse Voguel.
Reabertura das Igrejas – os sinos espantam
No último dia 21 de maio as igrejas do Sri Lanka reabriram.
Mas os fiéis estão com medo, eles “sentem-se atemorizados quando ouvem o som dos sinos. É um testemunho aflito de como as lembranças do Domingo de Páscoa são angustiantes para eles”.
Estes fiéis “Não entendem porque esse sofrimento lhes aconteceu após a situação relativamente tranquila dos últimos anos”.
Eles “têm uma imensa vontade de viver e uma fé forte.
Só a Fé vence o Medo
Voguel visitou um convento franciscano na cidade de Negombo que fica em frente à igreja católica de São Sebastião, onde pelo menos 100 pessoas foram mortas durante os ataques.
“Os franciscanos nos mostraram vídeos com cenas terríveis do dia do crime; disseram-nos que logo após as explosões, foram ao local para cuidar dos feridos e recolher os mortos”, lembrou Voguel.
No entanto, Voguel ressaltou que, “apesar dessas experiências traumáticas, são atualmente um testemunho de caridade vivida, que não deixam que a fé e a vontade de ajudar desapareçam por causa do terror e da violência”.
(JSG)