Saiba mais sobre o milagre de San Gennaro. Ninguém
até hoje conseguiu explicar os milagres que se repetem
anualmente diante de milhares de pessoas na Napoli.
De repente, os assistentes mais próximos notam que a massa contida na ampola começa a se alterar e, em pouco tempo, transforma-se num líquido espesso.
O sacerdote prossegue girando o relicário, para deixar ver que a massa sólida se liquefez toda e não está mais colada ao cristal. Verificando que o sangue está inteiramente liquefeito e borbulhante, o “deputado” da Comissão do Santuário (formada por doze leigos) faz com um lenço o sinal de reconhecimento do milagre. O sacerdote, então, anuncia solenemente:
— O milagre aconteceu!
Pelo seu zelo, recebeu o prêmio do martírio
De San Gennaro — como, aliás, de quase todos os santos dos primeiros séculos — a História registra poucos fatos. Era ele Bispo de Benevento, ao sul da Itália, durante a última grande perseguição contra os cristãos, decretada por Diocleciano, em 305. Indo freqüentemente aos cárceres prestar assistência aos cristãos, foi também preso e condenado pelo crime de proclamar a Fé católica, e decapitado juntamente com seis filhos espirituais seus.
E o sangue, qual é sua história?
A esta pergunta do correspondente da Revista Arautos do Evangelho, responde Mons. Vincenzo de Gregório, Abade-Prelado da Capela do Tesouro de San Gennaro, em Nápoles:
“Sobre o sangue, não temos nenhum documento antigo a não ser a partir de 1389. É uma crônica na qual se relata que em Nápoles acontece o prodígio do sangue que se liquefaz. Supõe-se que esse documento, originário da Sicília, já existia antes de 1389. Desde quando? Ninguém pode dizê-lo.
“A única coisa que remonta à época de San Gennaro é a forma da ampola. Do ponto de vista arqueológico, ela tem uma forma típica de uma ampola do século IV.”
“As investigações científicas levam a considerar que dentro dessa ampola há sangue humano. Isto é o que se conclui do exame de espectroscopia, que é atualmente o exame mais adequado.”
Mas como garantir que esse sangue é realmente de San Gennaro?
“Este é um motivo de séria reflexão”, responde Mons. Vincenzo. “Esse sangue sempre foi considerado de San Gennaro, e, portanto, perde-se na noite dos tempos a tradição oral que mantém esta relação. De outro lado, é verdade que existia o costume de guardar o sangue dos mártires. Há, pois, fundamentos históricos para tomar como segura a tradição popular.”
A Capela do Tesouro de San Gennaro
No ano de 1527, em conseqüência de um voto feito a San Gennaro para obter a cessação de uma grande epidemia que havia matado cerca de 60.000 pessoas, decidiu-se construir uma nova igreja para abrigar as preciosas relíquias. A construção, porém, iniciou-se somente em 1608. A inauguração deu-se 40 anos depois.
O sangue dos mártires, símbolo do Sangue Eucarístico
A pedido do representante dos Arautos, Mons. Vincenzo envia uma mensagem pessoal a nossos leitores:
“Em minha opinião, o vínculo de amizade e amor que nos une a Deus no Sangue Eucarístico, encontra um fortíssimo símbolo no sangue dos mártires.
“Neste caso concreto, é um sangue muito vivo e, portanto, dá o motivo de uma fé viva, que segue brotando, manando. Absolutamente, o sangue é uma mensagem de fé. É a eternidade de Deus que continua a irromper.”
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