Força moral, espiritual e diplomática

São Leão Magno nasceu por volta do ano 400, perto da cidade de Roma, na região da Toscana. Cristão vigoroso e firme, foi ordenado sacerdote ainda jovem.

Devido a seu carisma e força espiritual, teve uma carreira eclesiástica bastante sólida, sendo sempre brilhante em tudo.

Posteriormente, no ano 430, ele recebeu a nomeação de Arcediácono. Assim, passou a ser conselheiro dos Papas Celestino I e Xisto III. E após a morte deste último, foi eleito a ocupar a liderança da Igreja.

Assumiu o título de Leão I, em agosto do ano 440.

Seu pontificado durou 21 anos. Governou a Igreja num tempo agitado e muito difícil. Combateu heresias influentes como o eutiquianismo e o donatismo.

Com sua força moral, espiritual e diplomática, convenceu Átila, o rei dos Hunos, a não invadir Roma. Átila intimidou-se diante da grande força moral de São Leão I.

“Foi Pedro que falou pela boca de Leão!”

Leão I atuou decisivamente no IV Concílio de Calcedônia.

Quinhentos Bispos participavam e havia discordâncias sobre as naturezas divina e humana na Pessoa de Jesus.

Leão I acabou com as discussões, escrevendo o texto definitivo sobre o tema, afirmando que na unidade da Pessoa de Jesus Cristo residem as duas naturezas: divina e humana.

Os Bispos, esclarecidos pela sabedoria do Papa, aclamaram a definição e complementaram: “Esta é a fé dos Apóstolos! Foi Pedro que falou pela boca de Leão!”

Tempos depois, São Leão I teve outra atuação decisiva. Dessa vez foi na contenção dos vândalos, que invadiram Roma, chefiados pelo temível Genserico.

Esses povos bárbaros só não incendiaram Roma e não causaram uma terrível mortandade graças à sábia e inspirada atitude deste grande Papa.

São Leão I morreu em 10 de novembro de 461 e logo começou a ser venerado como Santo. Foi enterrado na Basílica de São Pedro, em Roma.

Em 1754, o Papa Bento XIV proclamou São Leão I, Doutor da Igreja. Ele foi o primeiro dos Papas que recebeu o título de “magno”.