A festa de Todos os Santos celebra os milhares de homens e mulheres que passaram aqui na terra uma perfumada existência para o Senhor.
Assim, estes que se dedicaram de corpo e mente àquilo que é importante, a glória de seu amado Criador, são lembrados com uma festa litúrgica.
Origem da celebração de Todos os Santos
Desde o século II os cristãos já celebravam, em um dia especial do ano, a memória de todos os que faleceram sob a mão de nosso Deus, seguindo com especial atenção as prescrições divinas.
Visto que eram comuns as execuções dos primeiros cristãos, devido à crueldade dos imperadores e generais romanos, muitos fiéis pereciam em espetáculos horrorosos e intolerantes.
Estes mártires eram, assim, lembrados pela assembleia comum como heróis de fé, pois não temeram nem mesmo a morte.
Porém, a festa de Todos os Santos só foi oficialmente instituída no ano 610, pelo Papa Bonifácio VI, que tomou o panteão romano das divindades e o dedicou a Nossa Senhora e a todos os Santos e Santas.
Primeiramente, a data da comemoração era no dia 13 de abril, sendo mudada para o dia 1º de novembro, pelo Papa Gregório III, com o intuito de ficar próximo do dia de Finados.
No Brasil, contudo, por determinação da CNBB, transfere-se a data da celebração de Todos os Santos para o próximo domingo, após o dia 1º de novembro, para que o povo brasileiro possa ir à Santa Celebração.
Como alcançar a santidade?
O justo é aquele que cumpre com prazer a vontade de Deus. Que aceita com fé sua vontade, que entende que os desígnios divinos são infinitamente sábios e que tudo o que Ele faz é o mais perfeito.
Isto posto, podemos traduzir santidade pelas palavras de Nosso Senhor Jesus, no discurso sobre o Monte das Oliveiras: “Bem-aventurados os pobres em espírito, bem-aventurados os aflitos, bem-aventurados os mansos, bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (cf. Mt 5, 1-12).
Como o cristão é um outro Cristo, ele é chamado a trilhar os passos que Cristo trilhou.
Portanto, isto significa uma vida de caridade e de bons exemplos, já que o fiel tem o chamado de ser santo: “Sede perfeitos como o Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48), como assim nos narra o catecismo da Santa Igreja Católica (cf. CIC 520).
Na busca do Reino de Deus e sua justiça, o Senhor dá todas as outras coisas como acréscimo.
Assim, percebe-se desde já que o Santo é imensamente feliz, pois não se atormenta pelas coisas da vida; ele sabe, pela sua fé, que Deus o proverá no tempo certo.
Quem de nós, portanto, não quer ser feliz? Com a celebração da festa de Todos os Santos, o Senhor nos comunica a divina maneira de se conquistar a felicidade.