Usa-se o termo “Escolástica” para designar a filosofia e teologia cristãs cultivadas nas escolas da Idade Média.

Tendo começado a formar-se no fim da era patrística, alcançou a maturidade com Santo Anselmo e atingiu seu máximo esplendor com São Tomás de Aquino, no século XIII.

A Escolástica abarca não só o conjunto das doutrinas de então, mas também o método de ensino e de pensamento, consistente em comentários de textos clássicos, no estudo em forma de diálogo e nas famosas disputas.

Nestas últimas, cada questão era debatida segundo uma regra: expunham-se os argumentos favoráveis e contrários, especialmente de autoridades (como Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Dionísio), passava-se à demonstração da solução, e por fim respondiam-se às objeções.

Embora todo professor fosse chamado de scholasticus na escola medieval, esse título cabia de modo especial ao mestre de teologia (magister in theologia) e ao de filosofia (magister artium).  

Para a Escolástica, era fundamental ter-se uma clara noção da realidade evidente do mundo material, independente de qualquer subjetivismo, bem como da distinção entre Deus – Ser eterno, infinito, onisciente, onipresente (Esse ipsum subsistens)e suas criaturas, tiradas do nada (ex nihilo), portanto contingentes e sustentadas no ser pelo Criador.