“Não julgueis e não sereis julgados” (Mt 7, 1). Ninguém nega essa máxima ensinada pelo Divino Mestre. Contudo, o mesmo Senhor prometeu, àqueles que O seguissem, que se assentariam em tronos para julgar as doze tribos de Israel (cf. Mt 19, 28).
Há nisso uma contradição? Evidentemente não. No que consiste, então, esse “seguir a Cristo” que confere aos homens o poder de julgar ao lado do próprio Deus?
O Doutor Angélico analisa a questão,[1] esclarecendo primeiro as diversas acepções do termo “julgar”. Segundo ele explica, pode-se julgar por comparação, por interpretação ou por semelhança. Consideremos cada …