AE: A cidade de Quebec foi designada como sede deste Congresso, ainda no pontificado do Servo de Deus João Paulo II. Em sua opinião, qual foi a razão desta escolha?
Neste ano de 2008, ocorre a celebração do 400º aniversário da fundação de Quebec. Em certo sentido, esta cidade é o berço da evangelização da América do Norte.
Ao designá-la para sede do Congresso, João Paulo II nos ofereceu uma grande oportunidade para ressaltar a missão e o papel da Igreja e do Catolicismo neste país.
Ao organizamos um evento realmente tão extraordinário, como um Congresso Eucarístico Internacional, é-nos dada ocasião para ajudar o nosso povo a considerar suas raízes cristãs, reacender a chama da Fé e transmiti-la às novas gerações.
Isto é, hoje em dia, um grande desafio para todo o mundo ocidental, e particularmente para Quebec.
No passado, Quebec foi uma província muito católica. No entanto, ela foi submetida a um forte processo de secularização e hoje precisa de ajuda para viver a sua própria cultura católica, e para ser fiel à sua história. Espero que esse evento ajude nesse sentido.
AE: Sua Eminência poderia nos explicar o significado mais profundo do lema do Congresso: “A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo”?
Esse Congresso é continuação do anterior, realizado no México, em outubro de 2004.
Aquele Congresso se deu no começo do novo milênio, e teve de lidar com uma cultura que está se esquecendo de Deus. Era necessário sublinhar o papel de Deus na sociedade, e a Sagrada Eucaristia enquanto dom de Deus por excelência.
A Eucaristia não é um dom como a boa saúde, os esplendores da criação, ou os diversos carismas, mas o dom do próprio Cristo, em Sua Divindade, Corpo e Alma, o dom do seu Ser Encarnado por inteiro.
O próprio Deus deseja se fazer um conosco, como nos diz o Evangelho de São João (cf. Jo 17, 20-23), e isso se realiza pela Eucaristia, de uma maneira específica e sacramental.
Eu diria que o dom de Deus por excelência é um dom Trinitário. O Filho se dá a Si mesmo nas palavras da Instituição da Sagrada Eucaristia; mas Ele está obedecendo ao Pai.
De sua parte, o Pai oferece o Filho ao mundo; e, assim, o Espírito Santo – que é manifestação do amor perfeito e recíproco entre o Pai e o Filho – é derramado pelo Sacramento da Sagrada Eucaristia.
Trata-se, portanto, de um dom Trinitário, que traz a comunhão de Deus ao interior da humanidade.
Esse é o mistério da Igreja. A Igreja é a participação na comunhão Trinitária de Deus. E isto é celebrado, recebido e transmitido aos outros, pela celebração da Sagrada Eucaristia.
Assim, o primeiro dom que o mundo recebe, além da própria Igreja, é precisamente o testemunho da adoração.
Sabemos que é missão da Igreja proclamar ao mundo que existe um Deus, o qual merece ser adorado. Lembremos o primeiro Mandamento.
Por isso a promoção da Adoração Eucarística está no coração do nosso Congresso Eucarístico como mensagem da Igreja para o mundo.
Do Santíssimo Sacramento emanam a caridade, evangelização e santidade na vida diária, dons que a Igreja recebe e comunica para outros.
Todos esses pensamentos estão incluídos no lema: “dom de Deus pela vida do mundo”.
AE: De que maneira esse Congresso se encaixa no caminho sugerido pelo CELAM em Aparecida, Brasil?
Tive o grande privilégio de participar dessa assembleia, marcada pela presença do Santo Padre Bento XVI. Passei várias semanas lá, e realmente desfrutei do espírito extraordinário de Aparecida.
Dei-me conta de que, naquela ocasião, fomos além das preocupações das últimas décadas, onde os fatores prevalentes eram tais como: a intensa batalha em relação à inculturação, ao envolvimento político, e certa teologia da libertação, muitas vezes influenciada por ideologias mundanas.
Vimos que agora é preciso reafirmar a evangelização. A verdadeira libertação se encontra no próprio Evangelho, e não em soluções humanas para problemas terrenos.
Precisamos, em primeiro lugar, reafirmar o dom de Deus, o dom do Evangelho, de Jesus Cristo, do Senhor Ressuscitado. Precisamos de uma nova e forte ênfase na evangelização.
Temos também consciência que devemos formar as pessoas como “discípulos e missionários”. Essa foi sempre a missão da Igreja; mas em Aparecida deu-se uma espécie de Pentecostes – uma conscientização renovada dessa missão.
O programa de Aparecida foi preparado de modo rápido, com tom positivo e com muito entusiasmo.
Quando eu lá estive, tendo em mente as celebrações de Quebec, convidei os participantes a vir ao Congresso Eucarístico, a fim de difundir este renovado espírito evangelizador para o mundo inteiro.
Eu pensei que esse evento, por ser internacional, poderia servir de trampolim para o espírito de Aparecida chegar a todas as nações.
Assim, os convidei para vir nos ajudar a difundir a Boa-Nova e reafirmar que a força da evangelização não está nos programas humanos, mas primordialmente no poder do Espírito Santo, ao qual precisamos nos abrir e sob cuja influência devemos trabalhar.
AE: Esse Congresso é o primeiro depois do Sínodo sobre a Eucaristia, do qual Sua Eminência também participou. De que maneira o Sínodo marcou a preparação do presente Congresso Eucarístico?
Esse Congresso Eucarístico é na verdade mais um episódio do que eu chamo, em minha última carta pastoral, o “movimento internacional da Eucaristia”. Podemos considerar seu nascimento no Jubileu do ano 2000, que foi um ano Eucarístico.
Depois temos a Encíclica Ecclesia de Eucharistia, em 2003; o Ano da Eucaristia, encerrado em 2005; a Instrução Redemptoris Sacramentum, de 2004, de natureza mais disciplinar. E por fim a Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, de 2007.
Há, pois, um extraordinário número de intervenções da Igreja que nos ajudam a focar a Eucaristia como centro e verdadeiro fundamento da Esposa de Cristo.
Na Sacramentum Caritatis, por exemplo, podemos salientar a ênfase posta na celebração do Mistério Pascal de Cristo, centro de todos os Congressos Eucarísticos.
Mas convém lembrar, também, o realce dado à Adoração Eucarística, prática que, como testemunharam todos os padres sinodais, está crescendo em todos os países.
Esta é uma boa noticia, sobretudo para o mundo ocidental, que no período pós-conciliar diminuíra em muitos lugares o número de adorações. É uma mensagem de renovação.
Quando o Papa Bento XVI recebeu os membros da Pontifícia Comissão para os Congressos Eucarísticos Internacionais, em novembro de 2006, estabeleceu que promover a Adoração Eucarística seria um dos objetivos práticos deste Congresso.
Assim, ao prepará-lo, estamos seguindo tanto essas orientações do Pontífice, quanto as da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis.
Tenho notado, também, uma evolução favorável no que diz respeito ao papel da beleza da liturgia. O Belo faz parte da evangelização. A beleza da liturgia transformou muitas pessoas, fazendo-as saborear um pouco do céu, da presença divina.
Sentem que há algo além do que experimentamos pelos nossos cinco sentidos e começam a procurá-lo de forma mais profunda no interior de sua vida espiritual.
Eu acredito que a beleza deve estar incluída em nossa preparação do Congresso. Confio que a liturgia do Congresso seja bem realizada e possa ser vivida por todos, mais do que acompanhada.
Espero que os fiéis retornem às suas casas com o senso do mistério e da sacralidade que há na Eucaristia, com um senso de adoração, e o desejo de transmitir essa mensagem para suas comunidades locais, reacendendo entusiasmo por esse mistério central da nossa Fé.

AE: O documento-base do Congresso Eucarístico Internacional de Quebec possui um fundamento teológico muito substancioso. Há algum aspecto em particular que Sua Eminência queira ressaltar?
Eu já toquei neste ponto, mas queria ressaltar novamente que a celebração da Eucaristia é um fenômeno Trinitário.
Assim o expressa o começo do documento teológico, e fiquei muito contente de ouvir o Santo Padre usar a mesma terminologia durante a sua pregação na Semana Santa.
O mistério Eucarístico é um intercâmbio entre as Pessoas Divinas, do qual somos convidados a participar. O Pai nos dá seu Filho unigênito, o Filho se entrega a nós, e recebe aquilo que oferecemos como símbolo do que somos.
O pão e o vinho são símbolos da terra, daquilo que fazemos, daquilo que sofremos e daquilo que temos. O Filho toma tudo isso e o assume: “Este é o meu Corpo”.
Converte n’Ele mesmo o vinho e o pão, e assim nos devolve o que somos, acrescido do que Ele é. Ficamos integrados no seu movimento de auto-oferecimento ao Pai e no seu ato de amor pelo Pai, no qual nos inclui junto com toda a humanidade.
E o Espírito Santo, pela confissão da Fé e a proclamação da Palavra, por todos os gestos que realizamos durante o ato litúrgico, nos conduz à comunhão, que é o momento “pentecostal” da Celebração Eucarística.
A comunhão é fruto da oferenda de auto-sacrifício do Filho ao Pai. É a resposta do Pai que aceita o sacrifício do Filho e derrama sobre a humanidade os dons do Espírito Santo, espírito de reconciliação, amor e paz.
Quando comungamos, recebemos do Espírito Santo esse puro caudal.
O segundo ponto, que eu chamo a “dimensão nupcial” do documento, é quiçá um pouco mais obscuro.
Deus Se dá no mistério da Aliança, simbolizado na Bíblia pelo amor conjugal, pelo amor entre homem e mulher. Essa é a imagem que Deus escolhe para falar da Sua relação com a humanidade.
Quando Ele dá seu Corpo, O dá à Igreja. Seu Corpo é recebido na Fé, e a Igreja passa a ser um corpo com Cristo, passa a ser seu Corpo. Permanecemos distintos d’Ele e, ao mesmo tempo, passamos a ser um com Ele: um espírito, uma alma, um corpo com Ele.
Somos envolvidos na sua entrega ao mundo. Há, portanto, uma dimensão nupcial nessa entrega. À entrega de Cristo corresponde a entrega da Igreja como a noiva. A resposta da noiva torna o sacramento real.
A Igreja se identifica como sacramento da comunhão, que não somente leva para o mundo um sinal de beleza externa, reconciliação, paz e boas novas, mas participa também do poder intercessor do supremo Sacerdote, que é Jesus Cristo.
Por estarmos unidos a Ele, poderemos obter todo tipo de graças e bênçãos para a Igreja inteira. Posso afirmar que esse é o mistério da Igreja, celebrado durante a Santa Eucaristia, no coração do mundo.
Há ainda outro aspecto, que é a ênfase no pro mundi vita. Eu escrevi uma carta pastoral sob este título, “A vida do mundo”, precisamente para lembrar às pessoas de nosso chamado para compartir a vida de Deus.
A vida do mundo é muito mais que buscar a mera justiça terrena, ter mais paz, evitar as guerras, etc. Estas certamente são conquistas em si mesmas.
Mas almejamos mais: compartilhar a vida divina de Deus. Uma vida chamada a uma existência superior, que é a comunhão com Deus. Por isso é importante dar ênfase à Adoração.
Por fim, ressaltemos a santidade. Santidade é aquilo que temos para oferecer ao mundo. Se, como cristãos e católicos, nós vivermos a santidade de forma autêntica, o mundo compreenderá o Evangelho.
A ênfase deve ser sempre dada no mesmo ponto: o mundo está nas mãos de Deus e o poder do Espírito trabalha por meio da nossa Fé.
Nós devemos permitir que Ele aja livremente em nós, em primeiro lugar. E, por meio de nós, no mundo, pelas missões, pela evangelização, nas lutas pela justiça e paz, no envolvimento nos assuntos da vida e no resolver os problemas humanos.
Não olhamos por cima desses problemas; pelo contrário, os encaramos com um novo espírito, com a certeza de que Deus está agindo e que as nossas ações são como que parte das ações do Criador.
Manteremos essa consciência se levarmos uma forte vida de oração. Se não for assim, o programa de Deus se converte no nosso programa, e passamos a usar o Evangelho como uma espécie de justificação para as nossas próprias ideologias.
O que precisamos é esquecermo-nos de nós mesmos, e nos preocuparmos em saber como está atuando Deus para cooperar eficazmente com Ele.
Devemos ser, como diz o Papa Bento XVI, Cooperatores Veritatis – colaboradores da verdade. Ele é a Verdade enquanto amor, um amor muito ativo, com o qual devemos estar dispostos a colaborar.

AE: No documento de Aparecida há um ponto especialmente dedicado ao chamado universal à santidade. Sua Eminência poderia aprofundar um pouco mais esse tema?
Eu creio que esse chamado universal à santidade é uma das principais mensagens do Concílio Vaticano II.
Isso, que nada tem de surpreendente, causa, no entanto, admiração para muitos, pois há os que ainda têm o preconceito de que a santidade é só para os religiosos e consagrados.
É claro que isso não é verdade! O Concílio reafirmou a Boa-Nova para todo o povo de Deus. Sob esta luz, compreendemos melhor porque o Papa João Paulo II beatificou e canonizou tantas pessoas de vida comum.
A santidade é a perfeição do amor e da caridade. E estes estão abertos para todos os estados de vida, inclusive para o casamento.
Vivam no matrimônio, no celibato, na consagração religiosa ou no sacerdócio, todos são chamados a incorporar a perfeição do amor, adaptada a cada circunstância e cultura individual.
Essa é a razão pela qual optamos por insistir em duas manifestações específicas desse chamado à santidade: no casamento e na vida consagrada.
O Congresso Eucarístico será como um curso de catequese de oito dias, e cada um deles terá sua mensagem individual.
Na quinta-feira, falaremos sobre o sacerdócio, concluindo, no sábado, com o chamado à santidade, sobretudo dentro do matrimônio.
Isso é oportuno, já que estamos passando por uma terrível crise das relações humanas, especialmente dentro do casamento. Assim, sustentar a santidade da vida dentro casamento é de uma importância fundamental.
Também mostraremos a importância da santidade na vida consagrada. Ela toma, hoje em dia, formas muito diversas. Às Ordens e Congregações tradicionais se acrescenta a presença simples no mundo, que caracteriza os institutos seculares.
Todas são importantes. Mas o cerne da questão está em que a vida consagrada é uma resposta muito particular ao amor absoluto de Deus, revelado, manifestado e oferecido a cada um pela sua Cruz e Ressurreição.
Essa correspondência ao amor Divino é propriamente o centro da vida consagrada. O carisma individual de cada um estará voltado ao trabalho na educação, ou na saúde, ou nas obras de caridade, na evangelização, etc.
Mas no coração de todas essas atuações está uma “aventura de amor”, uma resposta individual a um chamado particular.

AE: Para encerrar, Sua Eminência tem algum conselho para os fiéis que estão se preparando para o Congresso? Como podem os nossos leitores em outros países estar unidos às graças e aos movimentos do Espírito Santo, no Congresso?
Para todos os que queiram acompanhá-lo, dia a dia, o Congresso vai estar disponível via internet, no site da diocese.
Outra maneira eficaz de participar é refletir sobre os temas do Congresso, usando os documentos teológicos. Ao longo de cada um dos oito dias, os párocos podem comentar os diversos temas propostos.
A possibilidade de estarmos unidos, assim, eu a vejo como uma bela expressão da Comunhão dos Santos. Esse Congresso Eucarístico é uma espécie de Pentecostes, um encontro das diversas culturas dentro da unidade da Fé.
Poderá trazer uma nova primavera para a Igreja local e para a Igreja universal.
Se os participantes sentirem o apoio das orações de fiéis de todos os países, podem acontecer verdadeiros milagres espirituais que iluminem as nossas almas, mentes e corações.
Assim, esperamos que os participantes possam retornar para suas casas com fogo no seu espírito, transformados em missionários da Eucaristia.
Ainda sobre os frutos do Congresso para a Igreja, minhas esperanças se orientam para uma redescoberta da Sagrada Eucaristia na vida da igreja canadense e, especialmente, da igreja local de Quebec.
A Eucaristia sempre se mostrou dom frutífero em nossa cultura. Tem produzido muitas vocações para missionários e outros estados de vida.
O Papa João Paulo II já beatificou ou canonizou 14 pessoas da província eclesiástica de Quebec. Isso não é pouca coisa, e pretendemos difundir o quanto possível as histórias desses nossos santos.
Confiamos em recuperar assim a centralidade da Eucaristia, a qual transformou a história dessas pessoas em história de santidade.
Espero, também, que os fiéis renovem a coragem de repassar a Fé aos seus filhos e educá-los na crença eucarística, apesar das diferenças entre as gerações, que tantas vezes dificultam essa transmissão.
Além do mais, acredito que o fato de constatarmos durante o Congresso a universalidade da Igreja, nos dará o senso de pertencermos a algo maior do que estamos acostumados a imaginar.
Dar-nos-á uma espécie de legítimo orgulho pelo fato de sermos católicos e fazer parte desse mais de um bilhão de fiéis espalhados pelo mundo todo.
Na minha carta pastoral, pode-se ver quanto espero uma maior solidariedade nas comunidades cristãs, um envolvimento maior nos assuntos da vida, sociais e políticos, e também no trabalho catequético.
Confio em que haja, por exemplo, um maior respeito à vida e uma maior coerência entre a nossa Fé e a nossa maneira de viver. Eu espero que o Congresso Eucarístico dê frutos que transformem a cultura católica de Quebec.
Sem afirmar que será um milagre contínuo, eu tenho certeza de que irá trazer um derramamento de graças do Espírito Santo, e confio em que haja, por parte dos homens, uma resposta adequada a esse dom de Deus.
Receber com alegria essas “Boas-Novas” nos ajudará a cumprir nossa missão de evangelizar o continente norte-americano.

O Cardeal Marc Ouellet, PSS, é Arcebispo de Quebec e o Primaz do Canadá.
Nascido perto de Amos, na província de Quebec, em 1944 e foi ordenado sacerdote em sua própria paróquia, no ano de 1968. Dedicou boa parte de seu ministério sacerdotal às vocações, tendo sido reitor dos seminários de Montreal e Edmonton, no Canadá, bem como do Seminário Maior de Bogotá, na Colômbia. Nesse país aprofundou sua afiliação aos Sulpicianos, entrando nessa sociedade em 1972.
É conhecido por seu trabalho missionário na América Latina, sendo ainda membro do Conselho Pontifício para a América Latina.
Foi secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, bem como consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, da Congregação para o Clero, e da Congregação para o culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Em 1976 obteve a licenciatura em Filosofia na Pontifícia Universidade São Tomás Aquino em Roma. Em 1983 recebeu o Doutorado em Teologia Dogmática, da Pontifícia Universidade Gregoriana.
O Cardeal Ouellet é membro do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, e atualmente está promovendo o 49ª Congresso Eucarístico Internacional em sua Arquidiocese de Quebec.