No ano de 303, este corpo do Exército Romano estacionado em Tebas (Grécia), todo formado de cristãos, foi convocado a Roma pelo Imperador Diocleciano.
Recebeu ordens de reunir-se às tropas comandadas por Maximiano, encarregado da terrível perseguição que então se movia contra os cristãos.
Este odiava o Cristianismo e decidiu lançar os combatentes da Legião Tebana contra seus irmãos na fé.
Posto a par desses maléficos intentos, o Papa São Caio instruiu os legionários de Cristo sobre como dar a César o que é de César sem deixar de dar a Deus o que é de Deus (cf. Lc 20, 25).
Com efeito, a representação enviada pelos Tebanos ao Imperador parece inspirada nas instruções desse santo Pontífice:
A vós devemos o serviço da guerra, a Deus a inocência. Se não ordenardes o que ofende a Deus, nós vos obedeceremos. Caso contrário, cumpre obedecer antes a Deus que aos homens (At 5, 29).
Consideramos crime empregar nossos braços para derramar sangue inocente. Exigis que procuremos cristãos para supliciá-los. Não tendes necessidade. Aqui estamos confessando Jesus Cristo. Nada há de nos levar à revolta.
Temos armas nas mãos e não resistiremos. Preferimos morrer inocentes a viver culpados. Estamos dispostos a enfrentar quaisquer tormentos. Mas, cristãos que somos, não podemos perseguir cristãos.
Maximiano mandou, inicialmente, dizimar a Legião. Impotente diante da firmeza dos mártires, ordenou o massacre total. São Maurício, com todos os oficiais e soldados, trocaram as armas pela gloriosa coroa do martírio.