A figura de Sant’Ana recorda-nos de fato, a casa paterna de Maria, Mãe de Cristo. Lá veio Maria ao mundo, trazendo em si aquele extraordinário mistério da imaculada conceição.

Lá era rodeada pelo amor e solicitude dos seus pais: Joaquim e Ana. Lá “aprendia” de sua mãe, de Sant’Ana, como se é mãe.

E, embora do ponto de vista humano, Ela tivesse renunciado à maternidade, o Pai do céu, aceitando a sua doação total, deu-Lhe a graça da mais perfeita e mais santa maternidade.

Cristo, do alto da Cruz, transferiu em certo sentido a maternidade d’Aquela que O gerara, dando a esta por objeto, em vez de Si, o discípulo predileto, e ao mesmo tempo fez que ela abrangesse toda a Igreja, todos os homens.

Quando portanto, como herdeiros da promessa divina, nos encontramos abrangidos por esta maternidade, e quando experimentamos a sua santa profundidade e plenitude, pensamos então que foi precisamente Sant’Ana a primeira a ensinar a Maria, sua Filha, como devia ser mãe.

 

Beato João Paulo II, Homilia na Paróquia de Sant’Ana, Vaticano, 10/12/1978.