Depois da Santa Comunhão, estando interiormente recolhido, com os olhos fechados, introduzirás Jesus Cristo no Coração de Maria.
Tu O darás à sua Mãe, que O receberá amorosamente, O instalará honorificamente, O adorará profundamente, O amará perfeitamente, O abraçará com amor e Lhe tributará, em espírito e verdade, várias homenagens que nos são desconhecidas, a nós, envoltos nessas densas trevas.
Ou então, conservar-te-ás profundamente humilhado no teu coração, na presença de Jesus residindo em Maria. Ou conservar-te-ás como um escravo à porta do palácio do Rei, onde Ele está falando com a Rainha.
E, enquanto Eles falam, sem precisar de ti, irás em espírito ao Céu e pela Terra inteira pedir a todas as criaturas que agradeçam, adorem e amem Jesus em Maria, por ti. “Vinde, adoremos, vinde!” (Sl 94, 6).
Ou então tu mesmo pedirás a Jesus, em união com Maria, a vinda do seu Reino sobre a Terra, por intermédio de sua Santa Mãe. Ou pedirás a sabedoria divina, ou o amor divino ou o perdão dos teus pecados, ou qualquer outra graça, mas sempre por Maria e em Maria. [...]
Há uma infinidade de pensamentos que o Espírito Santo fornece; e te fornecerá, se fores interior, mortificado e fiel a esta grande e sublime devoção que acabo de te ensinar.
Mas recorda-te de que quanto mais deixares agir Maria na tua Comunhão, mais Jesus será glorificado.
E deixarás agir tanto mais Maria por Jesus e Jesus em Maria, quanto mais profundamente te humilhares e os escutares em paz e silêncio, sem procurar ver, gostar ou sentir. Pois o justo vive, em tudo, da fé, e particularmente na Sagrada Comunhão, que é um ato de fé: “O meu justo viverá da fé!” (Hb 10, 38).