Consideremos o significado deste magnífico triunfo que se desenrola hoje no Céu. Não é verdade que se recebe Jesus Cristo como um conquistador? Mas sua conquista somos nós e é de nossos inimigos que Ele triunfa.
Toda a Corte celeste acorre diante de Jesus, proclama seus louvores e vitórias, canta que Ele quebrou os grilhões dos cativos e que seu Sangue libertou da condenação eterna a raça de Adão.
Se assim se exalta sua qualidade de Salvador, qual não é então nossa glória, visto que a salvação e libertação dos homens ocasionam não só a festa dos Anjos, mas também o triunfo do próprio Filho de Deus?
Regozijemo-nos, miseráveis mortais, e não respiremos doravante senão as coisas celestes. A divindade de Jesus, sempre imutável em sua grandeza, nunca foi rebaixada.
Portanto, não é a divindade que hoje é glorificada. Ela jamais perdeu algo de sua dignidade natural. Esta humanidade que foi menosprezada, tratada tão indignamente, hoje foi elevada.
E se Jesus é coroado neste esplendoroso dia, é nossa natureza que é coroada e colocada sobre este augusto trono, diante do qual se inclinam o Céu e a Terra.