Cai a tarde na bela Florença.

Por suas estreitas ruas entrecruzam-se mercadores ávidos de lucro e artistas sedentos de celebridade, e difunde-se pelos ares um burburinho irrequieto, envolvendo desde discussões sobre o preço do trigo até acaloradas polêmicas sobre o mérito de um novo estilo de fachada.

Ao longe, ouve-se alguém declamar trechos de Dante, e o som de melodias de alaúde indica a presença de um trovador. 

É a vida renascentista do Quattrocento palpitando nas artérias da cidade, onde os gênios da escultura, arquitetura, pintura e literatura disputam o espaço nas calçadas, enquanto anseiam por um …