Na semana passada, andando de ônibus pela zona norte de São Paulo, encontrei sobre o assento um caderno escolar. Abri a primeira página e li: Roberto Vigliani — 12 anos — 6a série.
Não estranhei, pois conheço muitos “Robertos” que costumam esquecer seus pertences nos mais diversos lugares. De resto, não havia endereço, telefone, e nem sequer o nome da escola do distraído estudante, o que também é normal.
Folheei as últimas páginas. Havia de tudo: traços desconexos, desenhos não muito artísticos, frases… enfim, algo de comum e corrente: os passatempos de um aluno imaginativo durante as aulas.
Entretanto, …