A vida pública de Nosso Senhor Jesus Cristo foi marcada por inúmeros milagres e por uma peculiar forma de ensinar, na qual tomam especial importância 40 pequenas narrações inspiradas em fatos da vida cotidiana: as parábolas. Por que receberam esse nome?

O termo parábola é oriundo da junção de dois vocábulos gregos: παρα (pará), ao lado, e βολή (bolé), lançado, atirado. Unidos, formam a palavra παραβολή (parabolé), que designa uma narrativa alegórica usada para transmitir de forma indireta uma mensagem ou um ensinamento por meio de comparação ou analogia.

Cristo pregou através de parábolas acessíveis e atraentes, mas, ao mesmo tempo, elas permitiam ocultar aos corações endurecidos o sentido mais profundo dos seus ensinamentos.

Isto era, de si, uma manifestação da misericórdia do Divino Mestre, pois evitava que eles se empedernissem no mal, ao verem a verdade de frente e se sentirem desprovidos de força para aderir a ela sem rodeios. 

Nesse sentido, o próprio Jesus disse aos seus discípulos: “A vós é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos outros falo por parábolas; para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam” (Lc 8, 10).