Tenho o prazer de lhe responder às perguntas que me faz sobre os Arautos do Evangelho. 

Começo por lhe informar tratarem-se eles de uma nova associação de fiéis leigos, plenamente aprovada pela Igreja. 

Depois de fundada em São Paulo há cerca de 8 anos – e com um crescimento extraordinário que atinge hoje 47 países, contando com cerca de três mil consagrados que se dedicam em tempo integral, na maioria jovens, mais de dois mil cooperadores e um milhão de correspondentes, disseminados pelas três Amé­ricas, Europa, Ásia e África – o Santo Padre João Paulo II os constituiu como Associação Internacional de Direito Pontifício a 22 de fevereiro de 2001, em solenidade celebrada em Roma.

Têm como objetivo evangelizar o mundo moderno, difundindo a Fé Católica através de vá­rios meios, destacando-se a arte, sobretudo da música litúrgica.

Mas também pelos múltiplos meios de comunicação modernos, tais como a Internet, salas de debates por meios virtuais, CDs, filmes, DVDs, correspondências, uma revista com tecnologia de última geração.

Além das visitas domiciliares onde levam a imagem de Nossa Senhora, promovem orações em família, ajudam na busca de solução para problemas familiares e pessoais, animam os católicos afastados a se aproximarem da Igreja. 

Realizam obras sociais em bairros pobres, prisões, asilos, orfanatos, hospitais e outros. Dedicam-se à formação da juventude, sobretudo com os projetos “Futuro e Vida” e “Juventude tem Conserto”.

O uniforme que usam com características especiais — destacando-se entre estas, a grande cruz de Santiago sobre o escapulário marrom — tem por objetivo causar impacto despertando a atenção para a obra evangelizadora que exercem.

Primam por um grande amor à Eucaristia, a Maria, Mãe do Salvador, à Igreja e ao Papa, Sucessor de Pedro. 

Prezam com muito bom espírito a comunhão eclesial, se submetendo fielmente às orientações do Bispo Diocesano onde se encontrem.

Não estão ligados a nenhum grupo tradicionalista e, pelo contrário, encontram-se plenamente aderentes às reformas do Concílio Vaticano II.

Em São Paulo, o Coral e Orquestra dos Arautos se encarregam da parte musical da missa de meio-dia na catedral da Sé, todos os primeiros sábados e são frequentemente solicitados para celebrações mais solenes em muitas outras paróquias.

Por exemplo, todos os domingos, às 17:00 hs, animam a Celebração Eucarística com cânticos gregorianos, na Igreja de Nossa Senhora do Brasil. Eles têm cerca de 50 corais, bandas e orquestras entre os vários países em que se encontram estabelecidos.

No mundo plural de hoje, o Evangelho deve ser apresentado não de uma única forma, mas de maneiras variadas, mantendo-se contudo a unidade eclesial, a fidelidade ao Magistério da Igreja.

Dom Gil Antônio Moreira

Bispo Auxiliar de São Paulo