Repleta de piedoso público, a Catedral Basílica da Transfiguração do Senhor vivia um de seus dias de gala.
No corredor central, um imponente cortejo de cinquenta e sete neo-cooperadores com suas capas precedia os celebrantes: D. Gílio Felício, Bispo Auxiliar, Mons. Gaspar Sadoc, Mons. Ademar Dantas, Pe. Ângelo Magno, Pe. Luís Carlos Fagundes, Pe. Paulo Andrade e Pe. Isaías, revestidos das casulas dos Arautos do Evangelho.
No dia 6 de abril, realizava-se pela primeira vez, em solo baiano, uma cerimônia de admissão de Cooperadores dos Arautos do Evangelho.
Novos missionários que, com seu exemplo mais do que com suas palavras, comprometiam-se a levar a Boa Nova aos ambientes que lhes são próprios, servindo de fermento na massa para edificar, na terra do Senhor do Bonfim, o Reino de Maria.
“Deus quer!”… e os baianos também!
Ao convocar a Cruzada em Clermont-Ferrand, no ano de 1099, o Bem-aventurado Urbano II jamais poderia imaginar que, na aurora do século XXI, suas inspiradas palavras encontrariam eco na risonha e poética Bahia.
Com a verve e o charme que lhe são peculiares, Mons. Gaspar Sadoc expressou bem a carinhosa acolhida do povo baiano aos Arautos do Evangelho: a “Cruzada de hoje” que difunde uma “mensagem de muito amor e muita paz”.
Discurso de Monsenhor Sadoc após a coroação da Imagem de Nossa Senhora
Agradecemos a Nossa Senhora este momento que no nosso coração não passa…
Vemos aqui, feito pelos homens, o que a Santíssima Trindade fez no Céu. Nós, criaturas humanas, colocamos uma coroa. Isto nos comoveu demais!
Aplaudimos nossa Mãe, a Mãe de Jesus.
Imaginemos o que houve no Céu quando Nossa Senhora lá chegou, como a mais querida filha do Pai, a Mãe Santíssima do Filho e a Esposa do Espírito Santo. Como não podemos saber o que lá aconteceu, vamos apresentar aqui o sinal do nosso amor. E este foi um sinal de amor, manifestado pelos Arautos do Evangelho.
Arauto é aquele que vai na frente, gritando bem alto a vontade do Rei. Vocês são assim! Chegaram aqui timidamente, como todas as coisas que começam. E vocês têm andado, andado… e sempre para frente andando e gritando por toda parte, bem alto o que o Rei quer que se diga: “Jesus é o Senhor!”. (palmas)
Agradecemos a Nossa Senhora ter inspirado vocês a virem para o meio de nós!
Vocês têm um sinal: cruz bem vermelha no campo branco, na veste desses que são cooperadores. É exatamente o que mais necessitamos: o vermelho do amor certo, amor profundo; e o branco desta paz que é insubstituível.
Jesus Cristo, no Evangelho de hoje, disse duas vezes: “A paz esteja convosco”. Esta paz está faltando lá, onde Jesus nasceu. Aqui nesta Catedral, estamos todos coroando Nossa Senhora, enquanto lá, onde Jesus nasceu, está a casa cercada de inimigos.
O que é que a gente faz? A gente faz neste instante uma oração de misericórdia, pedindo perdão a Deus por aqueles que não sabem amar. Não há tristeza mais profundamente desoladora do que não saber amar. E é impossível ascender à paz, sem amor.
Eu saúdo essa mensagem que vocês trazem aos outros… Os outros que estão sobre o campo escuro que o mundo mesmo que está aí, na escuridão sem fé, agressivo e violento. Ele precisa desta mensagem: “Muito amor e muita paz”.
Quando se fez a primeira cruzada — e vocês são cruzados! Arautos! Vocês são cruzados! Vocês têm que ir na frente e gritando alto! — Quando se fez a primeira cruzada, a palavra que se espalhou pela Cristandade foi essa: “Deus quer!”.
Pois bem, aqui as Cruzadas vão se sucedendo… E vocês são uma Cruzada agora! A Cruzada de hoje é assim: firmes, decididos.
Nós queremos vocês, Arautos do Evangelho!
Deus quer!
Jesus Cristo quer!
Nossa Senhora quer!
Nós, baianos, queremos!
Salve Maria!
Após o discurso de Mons. Gaspar Sadoc, Dom Gílio Felício, Bispo Auxiliar de Salvador (acima), dirigiu aos presentes essas afetuosas palavras:
Aproveito para dizer muito obrigado e também desejar felicidades para os Arautos do Evangelho, pelo aniversário, pelo Instituto, pela admissão de tantos colaboradores. Agradecer tantos brindes que nós Bispos, Dom Geraldo, Dom Walmor e eu recebemos, os CDs de alta qualidade, e tantas outras manifestações de carinho…
E é fato reforçar o que Mons. Sadoc coloca com tanta unção. Que de fato tenhamos um crescimento quantitativo e qualitativo da ação evangelizadora da nossa Arquidiocese, através da ação dos Arautos do Evangelho!