Ó Amor, que não sois conhecido nem amado, como estais ofendido!”… Estas misteriosas e sublimes palavras ecoavam pelos muros do mosteiro carmelita de São Fridiano, em Florença, naquela tarde de inverno de 1584.

Uma noviça de 18 anos as havia pronunciado com lábios trêmulos, o rosto inflamado e banhado em lágrimas. 

Surpresas, as irmãs não sabiam o que pensar: conheciam a piedade da sua jovem companheira, mas nunca a tinham visto nesse estado de exaltação, prestes a desmaiar.

Tomaram-na nos braços, julgando-a acometida de súbita doença, e procuraram acalmá-la; mas, durante duas horas, ela parecia nada ver, …